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Jornalista, assina a coluna Brasília. Na Folha, foi correspondente em Londres e editor interino do 'Painel'. Escreve de terça a sexta e aos domingos.'Por favor, me esqueça!'
Pedro Ladeira-25.mai/Folhapress
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O presidente Michel Temer
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25/12/2016 02h00
BRASÍLIA - Se pudessem, muitos
políticos apagariam 2016 das nossas memórias. O ano produziu um impeachment e
levou poderosos para a cadeia. A seguir, uma seleção de frases que eles
gostariam de esquecer.
"Tem que mudar o governo para estancar essa
sangria" — Romero Jucá, senador, sugerindo um pacto para frear a Operação
Lava Jato.
"Rapaz, a solução mais fácil era botar o
Michel" — Sérgio Machado, ex-senador, na conversa com Jucá.
"Eu tô mandando o Bessias" — Dilma
Rousseff, ex-presidente, tentando transformar Lula em ministro.
"Tchau, querida" — Lula, ex-presidente,
ao se despedir de Dilma.
"Eduardo Cunha, você é um gângster. O que dá
sustentação à sua cadeira cheira a enxofre" - Glauber Braga, deputado,
encarando o correntista suíço na votação do impeachment.
"O caráter. A sinceridade" — Cláudia Cruz, mulher de Cunha, explicando o que a atraiu no ex-deputado.
"O caráter. A sinceridade" — Cláudia Cruz, mulher de Cunha, explicando o que a atraiu no ex-deputado.
"Não fale em crise, trabalhe" — Michel
Temer, presidente, citando a propaganda de um posto falido como lema para seu
governo.
"Isso é um salafrário dos grandes" — Ciro
Gomes, ex-ministro, descrevendo o novo presidente.
"É o que tem" — Fernando Henrique
Cardoso, ex-presidente, sobre o governo Temer. Ele já havia definido a gestão
como uma "pinguela".
"Se ela não tem efetividade, mas as pessoas
acreditam que tem, a fé move montanhas" — Ricardo Barros, ministro da
Saúde, chocando médicos ao defender a "pílula do câncer".
"Deixar cargo por isso? Pelo amor de Deus" — Geddel Vieira Lima, ex-ministro, cinco dias antes de cair.
"Deixar cargo por isso? Pelo amor de Deus" — Geddel Vieira Lima, ex-ministro, cinco dias antes de cair.
"Se eu fosse escolher um codinome para esse
delator, ficaria em dúvida entre Todo Horroroso ou Mentiroso" — Inaldo
Leitão, ex-deputado, o "Todo Feio" da lista da Odebrecht.
"Vossa Excelência, por favor, me
esqueça!" — Ricardo Lewandowski, ministro do STF, para Gilmar Mendes. Mas
também serviria para 2016.
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