quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Noticias - Política


Descrição: Janot deve denunciar Renan novamente ao STF na Lava Jato, diz revista
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pode até ter se livrado de deixar a presidência da Casa após decisão desta quarta-feira (7) do Supremo Tribunal Federal (STF) que o manteve no cargo, mas o afastou da linha sucessória da Presidência da República (veja aqui). No entanto, o peemedebista está na mira do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que deve denunciá-lo ao STF na Lava Jato, em mais um inquérito na operação. De acordo com a revista IstoÉ, a denúncia deve ser enviada à Corte entre esta quinta (8) e a próxima segunda (12). Dos 12 inquéritos dos quais é alvo no STF, oito investigam sua suposta participação no esquema de corrupção na Petrobras. Ainda segundo a publicação, o documento já estava pronto desde terça (6), mas Janot teria evitado o envio ao Supremo para não influenciar o julgamento que culminou na sua manutenção na chefia do Congresso Nacional
 
 
 
 
por Ricardo Brandt, Beatriz Bulla, Fausto Macedo e Fabio Serapião | Estadão Conteúdo
Descrição: Lava Jato terá reforço para delações da Odebrecht; previstos depoimentos em Salvador
Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil
A força-tarefa da Operação Lava Jato busca reforços para agilizar o trabalho ampliado com os depoimentos dos executivos e ex-executivos da Odebrecht signatários dos acordos de colaboração. Os procuradores se subdividiram em equipes para formalizar no papel e em vídeo os termos de delação das 77 pessoas ligadas ao grupo, entre elas, o presidente afastado Marcelo Bahia Odebrecht e o patriarca Emílio Odebrecht. A meta é começar na sexta-feira, 9, ou, no mais tardar, no início da próxima semana. Os depoimentos começam nove meses após o início das negociações e serão realizados em várias sedes estaduais do Ministério Público Federal. A pulverização em diversas localidades tem como objetivo agilizar o processo e dificultar possíveis vazamentos. Além de Curitiba, estão previstos depoimentos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. A força-tarefa se subdividirá em equipes de procuradores da Procuradoria-Geral da República, que é quem fez o acordo de delação premiada, e da Procuradoria em Curitiba, origem das investigações da Lava Jato, e que ficará responsável pelo acordo de leniência (espécie de delação para empresas). O grupo espera conseguir tomar os depoimentos até o dia 19, quando começa o recesso do Judiciário. Investigadores da força-tarefa e advogados ouvidos pela reportagem, no entanto, admitem que devem conseguir concluir tudo apenas em janeiro. Desse modo, no retorno do recesso, o ministro Teori Zavascki deve receber todo a conteúdo do acordo para deliberar sobre sua homologação. Só após a homologação as delações poderão ser utilizadas para abertura de inquéritos ou na solicitação de medidas cautelares, como busca e apreensão e prisão de pessoas citadas. A leniência será apresentada para homologação ao juiz federal Sérgio Moro em fevereiro. Os executivos já detalharam, em anexos, o que vão dizer e em troca já sabem a pena que irão cumprir. Marcelo, por exemplo, cumprirá uma pena total de dez anos, na qual deve permanecer até o final de 2017 na cadeia. Depois, passa a dois anos e meio de prisão domiciliar, onde progride para o semiaberto e, por fim, para o regime aberto. Seu pai, Emílio, será o único que cumprirá a pena daqui a dois anos. Isso porque, o patriarca será o responsável pelo processo de reestruturação da empresa. No caso dos executivos, além da prisão domiciliar, eles terão de pagar uma multa que em alguns casos alcançou 60% do valor dos recebimentos no período das práticas ilícitas. Por sua vez, a empresa negociou um acordo de leniência no qual se compromete a pagar uma multa no valor de R$ 6,8 bilhões. O dinheiro será parcelado em 20 anos e dividido entre Brasil, Estados Unidos e Suíça.
 
Descrição: TCU elege presidente citado na Lava Jato
Foto: Divulgação / TCU
O Tribunal de Contas da União (TCU) tem novo presidente. Nesta quarta-feira (7), o tribunal escolheu, por unanimidade, Raimundo Carreiro para presidência da Corte. De acordo com a Agência Brasil, na mesma sessão, o ministro José Múcio Monteiro foi conduzido ao cargo de vice-presidente. Carrero foi citado em julho do ano passado pelo dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa. Segundo delação de Pessoa, ele repassou R$ 1 milhão a Tiago Cedraz, filho do ex-presidente do TCU Aroldo Cedras, para que chegasse até Raimundo Carreiro. Na época, o novo presidente do TCU negou a acusação. Carreiro toma no TCU posse na próxima semana para exercer mandato de um ano, com a possibilidade de recondução por igual período. Durante a solenidade de posse, o ministro prometeu racionalizar os métodos de trabalho do Tribunal. Natural de Benedito Leite, no Maranhão, é formado em direito pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCeub). Desde 2007, ocupava a vaga destinada ao Senado Federal no Tribunal de Contas da União (TCU), até então ocupada pelo ministro Iran Saraiva.
por Daiene Cardoso | Estadão Conteúdo
Descrição: Deputados querem punir atuação do STF
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Deputados vão pressionar o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Osmar Serraglio (PMDB-PR), para incluir na pauta da próxima semana um projeto de lei que prevê o crime de responsabilidade para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por usurpação de competência do Poder Legislativo ou do Executivo. O projeto apresentado em março deste ano já tem parecer pronto do relator Marcos Rogério (DEM-RO) pela admissibilidade da proposta. Falta apenas pautar para votação na CCJ. Um dos autores do projeto é o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), que considera oportuna a apreciação da admissibilidade do projeto antes do recesso. "Vai depender do que acontecer hoje (ontem)", disse Sóstenes, ao se referir ao julgamento do afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) do comando do Senado. No início da noite desta quarta-feira, 7, por 6 votos a 3, os ministros decidiram manter Renan na presidência da Casa. Na segunda-feira, o ministros Marco Aurélio Mello havia decidido pelo afastamento do senador do cargo. Sóstenes citou como exemplos de "ativismo" exacerbado algumas decisões da Corte, como a que proibiu a vaquejada por entender que a prática causa sofrimento ao animal, o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo e a decisão da Primeira Turma do STF de que não é crime o aborto realizado durante o primeiro trimestre de gestação. "Em vários momentos estão usurpando as prerrogativas", afirmou o deputado, integrante da bancada evangélica. Sóstenes calcula que já tem apoio suficiente para incluir o tema na pauta. Além disso, ele disse que alcançou os votos necessários para aprovar a proposta na CCJ. Para levar à votação, ele terá de vencer a resistência de Serraglio. Ativistas de grupos que se intitulam "pró-vida" fizeram pressão na sessão de ontem para incluir o tema na pauta de discussões da comissão. À reportagem, Serraglio disse que tem outras prioridades para votar na comissão, entre elas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. O presidente da CCJ afirmou também que não quer dispor de tempo com outras matérias que causam "celeuma" e anunciou que não pretende pautar o projeto de Sóstenes. "Não é a hora de pautar. Dá a impressão que é coisa despropositada. Tem de ser votado na hora em que as coisas estiverem serenadas", disse Serraglio.
Matérias publicadas no bahianoticias.

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