Baderna institucional toma conta do país, diz ex-presidente do STF. Joaquim Barbosa
Para o ex-ministro, o que ocorreu na
Câmara é um “desdobramento do controvertido processo de impeachment, cujas
motivações reais eram espúrias”. Barbosa ainda afirmou que, no entendimento dos
políticos, a lógica para aprovação da emenda que prevê punição aos juízes era:
“se eu posso derrubar um chefe de Estado, por que não posso intimidar e
encurralar juízes
Promessa não cumprida
-PSDB articulou urgência de pacote
anticorrupção, mas não voto
-Para Joaquim Barbosa, governo Temer corre risco de não
chegar ao fim.
-Governistas barram convocação de Padilha e AGU sobre caso
Geddel.
Assunto será julgado pelo STF
Temer age para que políticos fiquem com rádios e TVS.
- Iniciativa tomada pela AGU pode
favorecer 40 parlamentares.
É repórter especial da Folha. Foi secretário de Redação, editor
de política, do "Painel" e correspondente da Folha em NY e
Washington. Vencedor de quatro prêmios Esso.
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Temer ganha nova chance de continuar errando
Alan Marques - 24.nov.2016/Folhapress
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O presidente Michel Temer em cerimônia no Planalto
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01/12/2016 12h00
A realidade paralela dos políticos em Brasília
desfigurou em uma ação de quase gangsterismo, em plena calada da noite, o
pacote de dez medidas contra a corrupção.
A reação contra o Congresso foram panelaços e
buzinaços em várias cidades, e há manifestação
marcada para domingo (4) em São Paulo em apoio ao time que comanda a Lava Jato.
Identificado com políticos pegos na rede de
corrupção, é Temer quem queima rapidamente seu capital.
Já há quem diga
que ele não chega a 2018, sentimento que deve retardar a recuperação econômica
e minar ainda mais seu mandato.
Para um governo não eleito, Temer vem cometendo
erros em série.
Na economia, os maiores foram não reforçar sempre
que herdou uma crise horrível e não explicar abertamente à população as medidas
que estão sendo tomadas.
Na política, perdeu seis ministros
relutando em demiti-los como se fossem "fatozinhos",
o que também consumiu capital político. E ao desprezar com ironia desnecessária
pequenas manifestações que passariam despercebidas não fossem seus comentários.
Temer talvez tenha agora como divisor de águas a
ameaça dos membros da Lava Jato de abandonarem a força-tarefa caso ele não vete
a criminalização do "abuso de autoridade" contra magistrados e
procuradores.
Assim como prometeu vetar a anistia ao
caixa dois, o presidente ganha a chance de esvaziar as ruas e de retomar algum
fôlego ao defender a equipe da Lava Jato, o único elemento integrador e com
forte apoio popular hoje.
Ou pode de fato contribuir para “estancar
a sangria” da Lava Jato e continuar errando, provocando mais as ruas.como já
estamos acostumados.
Presidente pedia liminar no Supremo
-STF nega pedido de Temer e mantém ações contra
concessões de políticos.
Base Parlamentar
-PSDB vê março como limite para Temer mostrar
resultados.
Presidente do Senado Renan Calheiros é acusado de
Peculato.
-Maioria no STF vota a favor de Renan virar réu por
desvio de verba pública.
Executivos podem assinar de lações.
-Odebrecht assina acordo de leniência com Lava
Jato.
-Empresa pagará R$6,7 bi;
-Acordo garante contratos públicos
mantidos.
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