sábado, 17 de dezembro de 2016

Politica e poder no Brasil


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O Palácio do Planalto confirmou que o presidente Michel Temer se encontrou em 2010 em seu escritório político, em São Paulo, com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acompanhado de um empresário que estava interessado em ajudar campanhas do PMDB.

A manifestação do governo foi em resposta a reportagens publicadas nos sites da revista Veja e do jornal Folha de S.Paulo, que afirmam que Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial, relatou em delação premiada que Temer e Cunha pediram recursos para a campanha eleitoral daquele ano em troca de beneficiar a empreiteira em contratos com a Petrobras.

O executivo terminou ontem a fase de depoimento ao Ministério Público Federal. O Planalto afirmou que Temer "imagina" que o encontro em 2010 tenha sido com Faria, mas o presidente "não tem certeza porque não se lembra direito".

Esta é a segunda colaboração de funcionários da Odebrecht em que Temer é citado. Em sua delação, o ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira Cláudio Melo Filho disse que o peemedebista pediu a Marcelo Odebrecht R$ 10 milhões para as campanhas do partido em 2014 durante encontro no Palácio do Jaburu. As informações são do Estadão.
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Uma pesquisa Ibope, divulgada nesta sexta-feira (16), pediu aos entrevistados que comparassem as gestões de Michel Temer (PMDB) e Dilma Rousseff (PT) na Presidência da República. Segundo o levantamento, 42% consideram igual; 34%, pior a gestão peemedebista; 21% consideram melhor; e 3% não souberam ou não responderam.

Sobre as perspectivas em relação ao "restante do governo", 18% responderam "ótimo/bom"; 32%, "regular"; 43%, "ruim/péssimo"; e 7% não souberam ou não responderam.

O Ibope questionou ainda os entrevistados sobre a percepção deles em relação ao noticiário relativo ao governo Temer. Para 13%, as notícias nos últimos meses foram "mais favoráveis"; para 25%, "nem favoráveis, nem desfavoráveis"; para 47%, "mais desfavoráveis"; e 15% não souberam ou não responderam.

O levantamento do Ibope, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizado entre os dias 1º e 4 de dezembro e ouviu 2.002 pessoas, em 141 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (Com informações do G1)
 
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Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (16) mostrou que na avaliação do governo do presidente da República, Michel Temer (PMDB), 46% consideram ruim/péssimo; 35% consideram regular; 13% ótimo/bom; e 6% não souberam/não responderam. A soma dos percentuais não iguala 100% em decorrência do arredondamento.

No último levantamento, de 4 de outubro, Temer aparecia com a aprovação de 14% dos entrevistados, enquanto 39% o desaprovavam e 34% consideravam a gestão dele regular – outros 12%, à época, não souberam responder.

Sobre a maneira de governar do presidente da República: 64% desaprovam; 26% aprovam; 10% não souberam ou não responderam. No levantamento divulgado em outubro, 28% aprovavam; 55% desaprovavam; e 17% não souberam ou não responderam.

Ainda de acordo com a pesquisa, 72% afirmaram não confiar em Temer; 23% dos entrevistados disseram confiar; 5% não souberam ou não responderam.

O levantamento do Ibope, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizado entre os dias 1º e 4 de dezembro e ouviu 2.002 pessoas, em 141 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (Com informações do G1
 
Opinião
Jurisprudência Renan e Temer refém
O autor é jornalista
por
Alex Ferraz
Publicada em 09/12/2016 07:14:07- Tribuna da Bahia
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No mais recente, e dos mais bizarros, episódio envolvendo políticos brasileiros, quando o ministro do STF Marco Aurélio Melo intimou Renan Calheiros a deixar a presidência do Senado, ficou mais uma vez patente o comportamento titubeante, e, mais do que isso, a dependência absoluta que o presidente Michel Temer tem de velhas e retrógadas raposas políticas.
Renan, claramente, DESAFIOU a corte suprema da Justiça brasileira, driblou o oficial de Justiça encarregado de lhe entregar a intimação, fez do emissário judicial gato e sapato, no mais autêntico estilo de devedores banais que se esquivam da corte para não cumprir suas responsabilidades.
No entanto, e numa decisão que surpreendeu a todos pelo “poder” de Renan, o STF, agindo “politicamente”, decidiu praticamente criar um novo conceito constitucional e manter Calheiros na presidência do Senado, embora sem condições de estar na chamada linha sucessória da Presidência da República.
É opinião corrente que o Sr, Renan, que tem 12 processos correndo no STF, dos quais, em um, já virou réu, debochou da Justiça. Negou-se a atender uma ordem judicial, atitude que faria qualquer um de nós, mortais comuns, ir parar imediatamente na cadeia, mesmo não tendo qualquer antecedente processual, o que, claro, não é o caso do presidente do Senado.
A situação deve ter levado Lula et caterva, além de outros de partidos diferentes na mira da Lava Jato, ao delírio. Devem estar pensando: “Tá vendo aí, que essa Justiça brasileira não é de nada!”
Aliás, as expressões que têm como intuito denegrir a imagem da Justiça e do Ministério Público no Brasil – todas oriundas de gente mais acostumada com a molecagem do que com um mínimo de dignidade – multiplicam-se geometricamente. Não faz muito tempo, o próprio Renan, ao se sentir acossado por investigações dentro do Senado, chamou o juiz de “juizeco” e o ministro da Defesa de “chefete” de Polícia.” Mais recentemente, há coisas de dois ou três dias, vazou e viralizou nas redes sociais vídeo mostrando Lula com um copo de bebida na mão (ate aí, tudo bem...), classificando o pessoal da Lava Jato de “moleques”. Todos os que têm culpa no cartório não perdem tempo em atacar a Justiça, o MP e, mais diretamente, o juiz Sérgio Moro.
Até por conta disso, e toquei no assunto recentemente na minha coluna diária nesta folha, comentei que Lula e todos aqueles que atacam Sérgio Moro, acusando-o de “abuso de autoridade”, se alguma dignidade tivessem, deveriam estar acampados na frente da Polícia Federal, em Curitiba, defendendo com unhas e dentes a libertação de TODOS os presos, inclusive empreiteiros, pois todos, pelo visto, são alvo do “abuso de autoridade” de Moro e sua força- tarefa. Mas, que nada! Na verdade, e desde Joaquim Barbosa e o mensalão, nenhum “cumpanheiro” pôs os pés nas cadeias para solidarizar-se com os colegas presos, a exemplo de Dirceu e Palocci.
Fecharam-se num hipotético nicho na confiança de que estão ACIMA da lei neste país, onde, na verdade, o abuso de autoridade só vale para o pobre, o miserável que no mais das vezes sequer é preso, posto que executado sumariamente (aos milhares) pela Polícia.
Outro aspecto do enojante episódio protagonizado por Renan, e de certa forma corroborado pelo STF, é que, a partir da decisão da corte maior, cabe a nós entender que foi criada uma “jurisprudência”, ou seja, qualquer mortal comum pode, agora, desdenhar das intimações judiciais e safar-se numa boa.
Mais um detalhe: a cada episódio envolvendo seus auxiliares ou parceiros políticos, Temer demonstra sua fraqueza e sua total dependência de gente que, no mínimo, deveria estar no banco dos réus. Como vimos, parece que o futuro da economia brasileira, o futuro do País, está nas mãos de pessoas que sofrem mais de uma dezena de processos na Justiça e que necessariamente não se destacam por honestidade e altivez, mas sim por seu envolvimento nos piores e mais comprometedores hábitos na vida pública (aliás, isso me faz lembrar uma frase, não recordo de quem, que diz: “Certos políticos querem fazer na vida pública o mesmo que fazem na privada”).
Enfim, o desfile da jactância, da arrogância, da boçalidade, parece que, mais uma vez, saiu vitorioso diante da lei e da Justiça. Aonde vamos parar?
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Notícias
A sorte parece ter abandonado Temer
por
Paulo Roberto Sampaio
Publicada em 13/12/2016 06:51:22
Definitivamente, a sorte que parecia sorrir e iluminar os passos e a caminhada do presidente Michel Temer resolveu sair de férias. Fez as malas e nem se despediu.
Coisas do verão. Problema é saber se ela voltará e se chegará a tempo de protegê-lo do pior.
Elevado ao cargo como sucessor natural da presidente eleita, Dilma Rousseff, Michel Temer teve umas duas semanas de lua de mel com o povo.
A saída de Dilma funcionou como um bálsamo, mas antes que esquentasse a cadeira foi atingido pelas trapalhadas em que se metera o senador Romero Jucá, até então um dos seus homens de confiança. Encurralado, Temer teve de demiti-lo. E começava ali sua via-crúcis.
Para governar como esperavam muitos dos que o apoiaram, Temer teria de pôr ordem na casa. Tomar medidas impopulares. Limitar os gastos públicos, fechar as torneiras e mexer na Previdência.
Isso enquanto o país não conseguia esboçar uma reação forte na sua economia e seus atrapalhados homens de confiança do PMDB se metiam em mais confusão.
Enquanto Padilha era alvejado por todo lado, o baiano Geddel Vieira Lima acabava tendo revelada sua paixão pelas alturas e, num polêmico episódio com outro ministro da República, acabou preferindo sair para não deixar que a crise chegasse ao amigo Temer.
Parecia que as coisas tenderiam a se acalmar, com o Congresso ainda dócil e pronto a colaborar aprovando as medidas palacianas. Foi quando a crise chegou até lá, caindo no colo do presidente do Senado, Renan Calheiros. Justo ele, aliado imprescindível, alvo por conta das maracutais que anda envolvido, de um ministro do STF.
Ainda que de forma discreta, recaiu sobre Temer a suspeita de que se envolvera no duelo de poderes para salvar o amigo-aliado.
E a tal sorte que o fez presidente e lhe deu como esposa uma das mais belas, senão a mais bela, primeira-dama que este país já teve, resolveu partir mesmo. Foi para bem longe, onde os salpicos da delação do ex-vice presidente da Odebrecht não a alcançasse, deixando Temer entregue ao seu próprio destino.
A opinião pública ficou chocada. O nome do presidente aparecendo numa lista onde quase toda a cúpula palaciana estava em destaque e o Congresso propenso a repensar esse apoio incondicional a tudo emanado pelo Planalto.
Às pressas, Temer reuniu alguns dos principais assessores e a equipe econômica em especial para elaborar um pacote que venha devolver a confiança aos brasileiros e sacudir a economia. Precisa correr, já que a tal da sorte nem lhe manda um e-mail, um telefonema sequer.
Pelo contrário: deixou em seu lugar uma maré de azar daquelas de dar gosto. A rejeição ao presidente pulou de 29% para 45%, superando até a do ex-presidente Lula, imolado em praça pública junto com seu PT, na mesma fogueira que ainda arde e consumiu a ex-presidente Dilma.
No Palácio do Planalto, o clima é de apreensão e não faltam motivos. O delator que imolou Temer foi só o primeiro. Ainda faltam vir à tona 75 delações dos executivos da Odebrecht, entre elas a do seu presidente, Marcelo Odebrecht. Seria a chamada delação do fim do mundo.
Especialistas em aferir a reação popular temem que, mais cedo do que se espera, a classe média que se insurgiu contra Dilma e o PT não queira carregar nas costas o preço do fiasco da atual gestão, voltando-se contra Temer nos protestos de rua.
Hipótese pouco provável nesses próximos 3 meses, mas que pode vir a acontecer se o presidente não encontrar uma saída para a crise e se meter em novas denúncias e delações, ou algo se aprofundar contra seus pares e ele os mantiver no Planalto.
Por fim, a preocupação política. Parte da superbase aliada de Temer no Legislativo anda meio reticente e em conversas reservadas já rediscute o apoio a ele.
Em Brasília e em todo meio político, poder atrai aliados e ameaça de perda os faz fugir como o diabo da Cruz. Dilma experimentou isso e saiu enxotada do Planalto. Temer tem de arrumar um jeito de trazer a sorte de volta rapidinho se quer continuar governando o país.

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