Folhapress5
horas atrás
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O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (22) que nunca caiu
de uma "pinguela", expressão utilizada pelo ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso (PSDB) para classificar o governo do peemedebista.
Durante café da manhã com jornalistas no Palácio da Alvorada, Temer
relembrou, em um de seus poucos momentos de descontração, um período de sua
infância no qual brincava com amigos em um riacho, justamente atravessando uma
pinguela, uma espécie de ponte frágil e improvisada. "E sabe que nunca
caí?", disse o presidente, aos risos.
"Quando ouvi essa expressão pinguela, essa expressão delicada,
pinguela, em que há muitas amarguras e paixões por trás, a primeira coisa que
lembrei foi da minha infância. Se é ponte ou pinguela, não importa. O que
importa é atravessar", completou Temer.
No final de novembro, FHC comparou o governo do peemedebista a uma
"pinguela" e afirmou que se esforça para contribuir de alguma forma
para que Temer consiga chegar até o fim de seu mandato, em 2018.
À época, Temer confidenciou a aliados ter ficado bastante incomodado com
as declarações do tucano. O presidente tem feito esforços constantes para
manter o PSDB aliado ao governo, inclusive cedendo mais espaço ao partido no
núcleo do Planalto.
O deputado Antonio Imbassay (PSDB-BA), por exemplo, será nomeado chefe
da Secretaria de Governo no início do ano que vem.
"Temos tido um apoio extraordinário do PSDB", disse Temer.
'NÃO ME INCOMODA'
Em uma espécie de balanço de seus sete meses de governo, quatro deles
como interino, Temer afirmou que tem "muitos erros", mas não tem
"compromisso" com eles.
"Não tenho compromisso com erros. E não me incomoda ler 'Temer
recua' [na imprensa]", declarou o presidente.
Nos últimos meses, a administração do peemedebista foi marcada por
recuos, como a data para o envio da reforma da Previdência ao Congresso,
alterada diversas vezes desde setembro, e, o mais recente, a desistência por
parte do governo de enviar a reforma trabalhista por medida provisória ao
Legislativo.
Temer afirmou que, sobre o assunto, "há o
requisito de relevância", mas não o de "urgência" e, portanto,
iria discutir o tema no Congresso. Com informações da Folhapress.
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