por Estadão
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Foto: Divulgação
Os jogadores do Atlético Nacional, da Colômbia, prestaram outra
homenagem ao time da Chapecoense na noite deste sábado. Após vencer o
Millonarios por 3 a 0 no estádio Atanasio Girardot, em Medellín, e se
classificar à semifinal do Campeonato Colombiano, o elenco cantou "Vamos,
Chape" no vestiário, no mesmo ritmo e coreografia que a equipe catarinense
fez para comemorar a classificação à final da Copa Sul-Americana.Os brasileiros
fizeram a comemoração depois de eliminar o San Lorenzo, da Argentina, e se
credenciar para enfrentar os colombianos na decisão. Porém, na rota para
Medellín o avião da Chapecoense caiu a poucos quilômetros do aeroporto e causou
a morte de 19 atletas que estavam no voo. A tragédia causou comoção na Colômbia
e o vídeo da equipe catarinense cantando "Vamos, Chape" se tornou
bastante popular no país. O grito foi repetido pela torcida durante a partida
de sábado e, no vestiário, os jogadores quiseram fazer a sua versão.
"Fizemos essa pequena homenagem, ao cantar a música que vimos nas redes
sociais. Para nós, tudo o que passou foi muito forte. Estamos sempre em risco,
porque a cada dia viajamos", afirmou o zagueiro e capitão do Atlético,
Alexis Henríquez, ao sair do vestiário. A cantoria foi registrada em vídeo e
publicada em redes sociais. Também participaram da homenagem dois médicos de
Chapecó que vieram à Colômbia para acompanhar a recuperação dos quatro
sobreviventes. O intensivista Edson Stakonski e o ortopedista Marcos André
Sonagli participaram da cantoria, que assim como a comemoração da Chapecoense,
teve batidas nas mesas e nos armários do vestiário."A equipe deles merece
todas as memórias. Quisemos novamente demonstrar esse apoio ao time e ao
público brasileiro", comentou Henriquez. A partida em Medellín teve um
minuto de silêncio e mensagens de homenagem às vítimas no fim da partida,
quando os dois capitães leram uma carta. Os jogadores do Atlético até mesmo
pediram para que a torcida não vaiasse a fala do goleiro adversário, Brayan
Silva.
Fonte:bahianoticias
Atlético
Nacional canta "vamo vamo chape" e dedicará Mundial a brasileiros
Felipe Pereira,
DO UOL, em Medellín (Colômbia)
04/12/201606h00
Da zona mista do estádio Atanasio Girardot dava
para ouvir o coro no vestiário do Atlético Nacional cantando "vamo vamo
Chape". O capitão do time, Alexis Rodríguez, explicou que foi uma
homenagem e acrescentou que se a equipe for campeã do Mundial de Clubes, vai
dedicar o título a Chapecoense.
"O que mais queremos é conseguir ganhar (o
Mundial) e todos sabemos que será dedicado ao povo brasileiro e a essa
equipe."
A reação dos jogadores do Atlético Nacional ocorreu
depois que dois médicos do time brasileiro exibiram no vestiário o vídeo da
Chapecoense feito em agradecimento a solidariedade.
Alexis Rodríguez disse que foi uma semana muito
dura e que deixa sequelas. O capitão do time de Medellín ainda manifestou
alegria em ver nas redes sociais muitas mensagens de agradecimento e pela
solidariedade prestada pelo Atlético Nacional. Por último, afirmou que o
acidente estará marcado para sempre e lembrou que ficou pensativo porque ele se
seus colegas pegam avião de três e três dias.
O presidente do Atlético Nacional, Juan Carlos de
la Cuesta, endossou que o título mundial será dedicado a Chapecoense. O time
embarca para o Japão na próxima quinta. A estreia está marcada para 14 de
dezembro.
De la Cuesta reiterou o desejo de que a Chapecoense
seja declarada campeã da Copa Sul-americana. Por último, afirmou que pretende
ajudar a equipe brasileira .
"A ideia é continuar uma relação não só em
amistosos, mas apoiar para que volte a retomar os triunfos. No próximo, ano
vamos entrar em contato e saber como podemos ajudar", declarou o
presidente do Atlético Nacional.
As homenagens não se restringiram ao
grito no vestiário. Antes do jogo do Atlético Nacional neste sábado houve um
minuto de silência no estádio e a exibição de um mosaico na arquibancada em
apoio a Chapecoense. O time colombiano também jogou com o escudo da equipe
brasileira no peito.
dez anos depois, PGR recebe investigação sobre Furnas
De São Paulo
04/12/201610h20
Mais de dez anos após surgirem as primeiras
denúncias de corrupção na empresa Furnas Centrais Elétricas, o Ministério
Público do Rio de Janeiro encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a
investigação sobre o caso. Segundo o órgão, a decisão foi tomada após constatar
que "os fatos constitutivos do objeto envolvem parlamentares detentores de
foro por prerrogativa de função".
Remetidos em setembro, os documentos do caso, que
estão sob sigilo, só chegaram à PGR anteontem, mas ainda não foram para o
gabinete do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O caso relacionado a Furnas é mais uma das
investigações que ganharam fôlego com os avanços da Operação Lava Jato. Desde
que foi deflagrada, em 2014, a operação tem "ressuscitado" fatos de
algumas das principais investigações e escândalos do País nos últimos dez anos.
No caso de Furnas, as investigações em primeira
instância se arrastavam desde 2005, quando a Polícia Federal no Rio instaurou
um inquérito para apurar as denúncias feitas pelo ex-deputado Roberto Jefferson
na CPI dos Correios de que haveria um esquema de caixa 2 na empresa de energia
que abasteceria partidos políticos. Ao longo da investigação, o lobista Nilton
Monteiro, um dos acusados de atuar no esquema, chegou a apresentar uma lista
com nome de 156 políticos que seriam beneficiários do esquema. O documento
ficou conhecido como "lista de Furnas".
Perícias da PF, no entanto, não confirmaram a
veracidade do documento e as investigações sobre os nomes citados não
avançaram. Em 2012, contudo, o Ministério Público Federal no Rio apresentou
denúncia contra 11 pessoas acusadas de corrupção em dois contratos de
termoelétricas (em Campos dos Goytacazes e São Gonçalo, no Rio), incluindo
Jefferson e o ex-diretor de Engenharia de Furnas Dimas Toledo.
Em março daquele ano, porém, a
Justiça Federal entendeu que o caso deveria ser remetido para a Justiça
estadual do Rio. Lá, o caso voltou para a fase de inquérito e foi remetido para
a Polícia Civil concluir a investigação. Na Delegacia Fazendária da polícia, o
caso ficou mais quatro anos e, somente em março deste ano, a delegada Renata
Araújo concluiu a investigação, indiciando Jefferson e outros seis investigados
por lavagem de dinheiro. Em setembro deste ano, acolhendo um pedido do
Ministério Público do Rio, a Justiça estadual arquivou o caso em primeira
instância. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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