domingo, 18 de dezembro de 2016

Brasil é observado pelo mundo investidor... O futuro é incerto. Em verdade prevalece a “pouca farinha meu pirão primeiro” e o povo que se dane.( Parte 01)





Brasil é observado pelo mundo investidor... O futuro é incerto. Em verdade prevalece a “pouca farinha meu pirão primeiro” e o povo que se dane.( Parte 01)

De olho em 2018, Alckmin se afasta de Temer e da cúpula do PSDB

 


Estadão Conteúdo

 

Fornecido por Abril Comunicações S.A. De olho em 2018, Alckmin tenta se descolar de apoio tucano a Michel Temer (Foto: Futura Press/Folhapress)

Enquanto em Brasília o senador Aécio Neves e o chanceler José Serra atuam para ampliar o espaço dos tucanos no governo Michel Temer e influenciar a área econômica, em São Paulo o governador Geraldo Alckmin cada vez mais se afasta do Palácio do Planalto e da cúpula do PSDB. Ele adotou internamente independência e um discurso dissonante fora dos muros do partido.

Principal bandeira das bancadas tucanas no Congresso Nacional, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, que coloca um teto no crescimento dos gastos públicos pela inflação do ano anterior pelos próximos vinte anos, foi alvo de críticas do tucano.

"Se nós vamos ter por vinte anos nada a aumentar acima da inflação, já começa que a saúde é dolarizada e aumenta acima da inflação. Ela tem custos dolarizados. A demanda cresce, a medicina fica mais sofisticada, a população, mais idosa. A conta não fecha", afirmou Alckmin na semana passada após uma cerimônia realizada na sede do Ministério Público Estadual, no centro da capital.

Em outro sinal de afastamento das teses defendidas pela cúpula nacional do PSDB, Alckmin não compactuou com a pressão exercida sobre Temer por mais espaço no governo federal. Ele avalia, segundo um interlocutor próximo, que a Secretaria de Governo, cargo que deve ser entregue ao deputado Antonio Imbassahy (BA), atual líder do partido na Câmara, só trará desgaste.

Para Alckmin, o partido não precisa de mais espaço, mas de mais independência em relação ao governo Temer. "O PSDB é que vai pagar a conta pelo desgaste do governo em 2018. O partido não devia buscar cargos", disse o deputado estadual Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista.

Durante o processo de formação do ministério de Temer, Alckmin foi convidado a indicar um nome, mas declinou da proposta. Para não deixar sua digital registrada na gestão do peemedebista, fez questão de dizer que a escolha do aliado Alexandre de Moraes para a pasta da Justiça foi uma escolha pessoal do presidente.

Estratégia

Citados por delatores da Operação Lava Jato, os três presidenciáveis tucanos trabalham com estratégias diferentes para chegar a 2018 com chance. Para Aécio e Serra, o futuro está atrelado a Temer.

Com o comando da máquina partidária, o senador mineiro mantém protagonismo e poder de fogo nas negociações com o governo. Serra, por sua vez, está afastado do varejo político, mas tem os holofotes do Ministério das Relações Exteriores. Correndo por fora, Alckmin tem as máquinas paulistana, com seu afilhado João Doria (prefeito eleito), e paulista nas mãos.

Sua postura de apoio crítico deixa uma rota de desembarque desobstruída para 2018. "Disputa interna agora é uma palhaçada. Alckmin está pensando em 2018. Infelizmente não é só ele. O cidadão não está nem aí para isso", diz o ex-governador Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB.

Na cúpula do partido, porém, a ordem unida é pacificar o trio e adiar a inevitável disputa fratricida. "Não haverá cerceamento na disputa. O governador tem grande chance de ser nosso candidato à Presidência", disse o senador José Aníbal (SP), presidente do Instituto Teotônio Vilela, braço de formulação teórica do PSDB.

Mandato

Conhecido pelo perfil discreto, o paulista evitou criticar abertamente o acordo entre seus dois adversários internos que estendeu por mais um ano o mandato de Aécio à frente do PSDB. Aos aliados, porém, disse que seria melhor adiar essa decisão para 2017 e o ideal seria eleger o novo presidente do partido no máximo em janeiro de 2018, e não em maio, como ficou decidido.

Entre os correligionários mais próximos, a avaliação é de que o movimento visou bloquear o plano B do governador, que seria disputar à Presidência da República pelo PSB caso o PSDB lhe fechasse as portas. Pelo calendário original, o segundo mandato de Aécio terminaria em maio de 2017 e ele não poderia se reeleger. Essa seria a oportunidade de Alckmin, fortalecido pelo resultado das eleições municipais, ampliar a influência na máquina partidária.

"Se (a Executiva) fosse em janeiro (de 2018), o novo presidente do PSDB teria mais tempo de articular a campanha presidencial. É mais difícil fazer a sucessão partidária em maio de 2018, às vésperas da eleição", disse o deputado Silvio Torres (SP), secretário-geral do partido, na reunião do Diretório que definiu na quinta-feira, a prorrogação do mandato de Aécio.

Aliado de Alckmin, apenas ele e o deputado Eduardo Cury, também afinado com o Palácio dos Bandeirantes, votaram contra em um colégio eleitoral formado por 31 tucanos.

"A prorrogação não foi uma coisa boa. Esse era o momento de democratizar essa decisão", disse o deputado Vanderlei Macris (SP), que é ligado ao governador paulista.

Alckmin também diverge de Aécio no formato do processo de escolha do candidato tucano em 2018. Ele quer a realização de prévias entre todos os filiados, enquanto o mineiro prefere um modelo mais restrito

Odebrecht lista deputados críticos de corrupção em voto do impeachment

A planilha da Odebrecht que detalha pagamentos de propina a políticos contém o nome de quatro deputados federais que criticaram corrupção durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Dos quatro, três foram favoráveis ao impeachment: Antônio Imbassahy (PSDB-BA), Duarte Nogueira (PSDB-SP) e José Carlos Aleluia (DEM-BA). Contra o impeachment, Daniel Almeida (PC do B-BA), também foi listado pela empreiteira e se opôs a corrupção na sessão que apreciou o impeachment.

A relação de políticos que receberam pagamentos da empreiteira em troca de vantagens faz parte da delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que ainda não foi homologada.

De acordo com informações da Operação Lava Jato, Imbassahy recebeu R$ 300 mil na campanha de 2014. Ao proferir o seu voto favorável à saída de Dilma, ele equiparou o voto contra o impeachment em uma parceria com "um governo do retrocesso, do vale-tudo, mergulhado na corrupção".

De acordo com o que afirmou o parlamentar na ocasião, "corrupção não se compara, corrupção se pune".

Imbassahy foi escolhido pelo presidente Michel Temer para assumir a Secretaria de Governo, em uma tentativa aumentar o espaço do PSDB na gestão. Ele ocupará o lugar do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que deixou o governo após ser envolvido em uma crise política.

Mais sucinto, Duarte Nogueira, prefeito eleito de Ribeirão Preto (SP), disse que o Brasil não aguenta mais "mentiras, impunidade e corrupção" e que seus pais lhe "ensinaram valores e princípios".

Já Aleluia, ao proferir o seu voto, disse que Dilma "não é honrada" e que ela "roubou na refinaria, roubou na PETROBRAS e roubou em Belo Monte".

Do outro lado do espectro ideológico, Almeida se dirigiu ao então presidente da Câmara e falou em uma "conspirata de corruptos liderada por vossa excelência, deputado Eduardo Cunha".

OUTRO LADO

Procurado, José Carlos Aleluia disse que não recebeu nada que não fosse legal e que colocou toda prestação de contas e explicação acerca das doações em sua página no Facebook.

Duarte Nogueira afirmou por meio de nota que todas as doações recebidas em suas campanhas eleitorais foram regularmente declaradas e aprovadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e disse serem prematuras especulações em torno de delações ainda não homologadas.

Antonio Imbassahy enviou nota dizendo que Cláudio Melo Filho afirmou que as doações a ele foram declaradas e o próprio delator apresentou os recibos da Justiça Eleitoral. Apontou que Melo Filho também disse que fez a doação sem que houvesse um pedido do deputado, numa tentativa de aproximação da empreiteira pelo fato de Imbassahy ser político influente da Bahia.

A Folha de S.Paulo não obteve resposta de Daniel Almeida até a publicação desta reportagem.

Deputado: Antônio Imbassahy (PSDB-BA), líder tucano na Câmara

Voto: A favor do impeachment

Apelido: Não tem

Quanto recebeu, segundo delator: R$ 300 mil na campanha de 2014

Frases na votação do impeachment: Cada um dos Deputados teremos a oportunidade de escolher de que forma nossos filhos e netos irão se referir a nós: com orgulho, por termos dado ao Brasil a chance de um recomeço; ou com vergonha, por vê-los transformados em sócios de um Governo do retrocesso, do vale-tudo, mergulhado na corrupção.

(...) Cada um terá a oportunidade de escolher o que irá dizer aos milhões de brasileiros que perderam seus empregos, que penam por atendimento médico, que veem a redução dramática dos recursos da educação, enquanto bilhões de reais se foram na corrupção sistêmica e desenfreada. E corrupção não se compara, corrupção se pune!

(...) É chegada a hora de decidir: que Brasil os brasileiros que estão lá fora merecem? (...) O Brasil governado por uma presidente que permitiu que o maior escândalo de corrupção do planeta se desenvolvesse debaixo do seu nariz e nada fez, mesmo tendo todas as informações? O Brasil governado por uma presidente que não respeita as instituições, a imprensa livre e que trama para obstruir as investigações da Lava Jato e proteger o ex-presidente Lula?

Deputado: Deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), eleito prefeito de Ribeirão Preto

Voto: A favor do impeachment

Apelido: Corredor

Quanto recebeu, segundo delator: R$ 350 mil na campanha de 2010 e R$ 300 mil na campanha de 2014

Frase na votação do impeachment:Pelo reencontro deste país maravilhoso com a sua esperança, porque não aguenta mais tanta afronta à Constituição, mentiras, impunidade e corrupção; pela minha família, meus filhos e meus pais, que me ensinaram valores e princípios; pelos paulistas, em especial os da minha terra natal; e pelos brasileiros, eu voto "sim", pelo impeachment.

Deputado: Deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA)

Voto: A favor do impeachment

Apelido: Missa Quanto recebeu, segundo delator: R$ 300 mil na campanha de 2010 e recebeu R$ 280 mil na campanha de 2014

Frase na votação do impeachment:Eu estou votando "sim" pelos crimes que Dilma cometeu e não é só por ter passado cheque sem fundo em nome do povo brasileiro. Ela roubou na refinaria, roubou na Petrobras e roubou em Belo Monte. Ela não é honrada.

Deputado: Deputado Daniel Almeida (PC do B-BA)

Voto: Contra o impeachment

Apelido: Comuna

Quanto recebeu, segundo delator: R$ 100 mil na campanha de 2010 e R$ 300 mil na campanha de 2014

Frase na votação do impeachment:Estamos diante de uma situação surreal: a presidenta, sobre quem não pesa nenhuma denúncia de nenhum ato ilícito, tem o seu mandato ameaçado por uma *conspirata de corruptos liderada por vossa excelência, deputado Eduardo Cunha,* que não dignifica a cadeira que ocupa.

(...) O povo que foi às ruas não pediu e não quer um governo com esse perfil, com essa agenda. Qual seria a agenda desse governo, que já está maculado pela mancha da ilegitimidade? É a agenda do futuro? Não, é um túnel para o passado, é a agenda do retrocesso, a agenda do Estado Mínimo. É a agenda, como muitos já desconfiam por aí, de um pacto para impedir que corruptos, como o que senta nessa cadeira e outros desta Casa, possam ser punidos.

(...) Falam que já se vislumbra um entendimento em torno da Lava Jato. Será esse o governo que dará a tranquilidade aos brasileiros? Com informações da Folhapress.

Lava Jato pode mudar a política nacional em 2017

Descrição: Descrição: Notícias ao MinutoDescrição: Descrição: Notícias ao Minuto


 

Depois de um ano marcado por eventos imprevisíveis, a Lava Jato tem potencial para causar um estrago político sem precedentes em 2017.

Na madrugada de domingo (18), ao todo 77 funcionários da Odebrecht prestaram depoimento para corroborar o que informaram no acordo de delação premiada. A documentação dos acordos de delação serão levadas na segunda-feira (19) para uma sala isolada, trancada, no terceiro andar do prédio principal do Supremo Tribunal Federal. Só terão acesso ao material o ministro Teori Zavaski, relator da operação, assessores e juízes do caso.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, o grupo da empreiteira contou em detalhes o engenhoso esquema de corrupção realizado com políticos do governo federal e do Congresso, governadores e outros nomes da política nacional.

Diante de todo esse reboliço, o protagonismo do juiz Sergio Moro e de procuradores que atuam em Curitiba tende a dividir as atenções com os capítulos da investigação em Brasília sobre políticos com foro no STF (Supremo Tribunal Federal).

Sem foro privilegiado e nas mãos de Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva em razão das relações com a empreiteira OAS, além de responder por outras duas ações penais, segue na fila para ser julgado em 2017.

Em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve homologar a delação da Odebrecht até março, na volta do recesso de fim de ano do judiciário. A partir daí, cabe à Procuradoria-Geral da República definir quais dos citados devem ser investigados. Na linha de frente estão ministros do governo de Michel Temer, senadores e deputados.

 


Nenhum comentário: