quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A vontade do povo não está sendo respeitada..


Investigações funcionando e punição para políticos independente de cor partidária. Bom sinal os paneleiros voltaram.

Senado rejeita manobra de Renan para votar lei anticorrupção

Descrição: Exame.com


Marceloribeirosilva 12 horas atrás

 



 



 

Brasília/São Paulo – Com 44 votos, o Senado rejeitou nesta quarta-feira manobra regimental para votar o texto que desfigurou o pacote anticorrupção em regime de urgência.

O documento foi assinado por líderes do PMDB, PTC e PSD da Casa com a benção do presidente do Senado, Renan Calheiros. Objetivo era votar o texto aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada de hoje sem análise de comissões especiais.

A medida foi tomada horas depois que os procuradores da Lava Jato ameaçaram renunciar às investigações caso o trecho que versa sobre abuso de autoridade fosse sancionado pela Presidência.

Eles se referem à emenda apresentada pelo líder do PDT na Câmara, Weverton Rocha, ao projeto de lei com medidas contra a corrupção. Segundo o texto, juízes e membros do Ministério Público podem responder por crimes de abuso de autoridade, caso atuem segundo motivação político-partidária ou concedam entrevistas sobre processos pendentes de julgamento.

Mais cedo, Renan disse que o trâmite do projeto de lei seria normal, mas mudou de ideia após coletiva da Lava Jato. Vale lembrar que o presidente do Senado é um dos investigados da operação. 

Durante a sessão, vários senadores protestaram contra a medida. Os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Cristovam Buarque (PPS-DF) chegaram a acusar presidente da Casa de cometer  abuso de autoridade ao impor a proposta. A decisão foi comemorada pelos senadores. Veja o momento em que Renan anunciou a derrota da proposta:

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirmou que a decisão de hoje não significa que o Senado irá rejeitar o texto aprovado na Câmara no futuro. Segundo ele, a rejeição à manobra significa apenas que o Senado não aceitou a quebra de um rito. “Uma simples Medida Provisória não é votada se não chegar com a antecedência de três sessões, imagine uma matéria da importância dessa, onde mais de 2 milhões de brasileiros assinaram, vai ser votada às 4h da manhã e ser votada às 4h da tarde?”, disse.

Já o senador Ricardo Ferraço afirma que acredita que erros da Câmara não passarão no Senado. “Derrotamos essa proposta não apenas na urgência como creio eu que aqui no Senado estaremos corrigindo toda deformação praticada na Câmara dos  Deputados até porque subtrai a alma e o espírito das 10 medidas contra a corrupção”, disse para jornalistas.

Para jornalistas, o presidente do Senado negou que tenha feito uma retaliação aos procuradores da Lava Jato.

 


 



 

Nenhum senador do PSDB votou a favor da manobra para acelerar a votação do pacote anticorrupção no Senado. O resultado da votação, entretanto, disfarça os acordos costurados ao longo da tarde dessa quarta-feira, 30. Interlocutores que participaram das reuniões garantem: Aécio Neves (MG) foi o primeiro a articular a urgência da votação e o PSDB prometeu votos no requerimento, mas não cumpriu.
 

Presidente do PSDB, Aécio trabalhou ao longo da tarde para costurar o acordo, que foi fechado com lideranças do PMDB, PT, PSD, PP e PTC. O tucano foi o principal articulador do pedido de urgência, afirmam fontes. Se fosse aprovado o requerimento, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que é relator do abuso de autoridade, assumiria também o pacote anticorrupção para apresentar parecer favorável a todas as modificações feitas na Câmara. De acordo com o Ministério Público, o projeto foi desvirtuado pelos deputados.


Na noite desta quarta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conduziu a manobra. O peemedebista, que não costuma perder votações e, quando observa clima desfavorável, prefere suspendê-las, acabou derrotado por 44 votos a 14.


À primeira vista, Renan pareceu sozinho em sua articulação. Mas, na realidade, líderes que participaram do acordo acabaram desistindo diante da reação do plenário. Renan insistiu na votação porque confiou no acordo firmado mais cedo. Senadores que estiveram no jantar natalino na casa de Eunício Oliveira (PMDB-CE) após a votação relataram que houve constrangimento entre aqueles que prometeram o voto, mas não entregaram.

Fonte:bahiaeconomica

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