segunda-feira, 18 de março de 2013

Prefeitura exige mudanças no Aeroclube

por
Alessandra Nascimento
Tribuna da Bahia
O prefeito Antonio Carlos Magalhães Neto assumiu pessoalmente a questão envolvendo o Aeroclube Shopping Office, na Boca do Rio. O empreendimento, que já teve as obras embargadas pela Justiça, agora está sendo acompanhado de perto pelo prefeito.
Segundo a assessoria da prefeitura, o consórcio que está à frente do shopping apresentou, em fevereiro, um projeto que não agradou aos interesses da atual gestão. “É inconcebível um espaço ficar naquele estado".
O consórcio terá de reapresentar o projeto com as devidas alterações e, inclusive, a contrapartida aos moradores da Boca do Rio, com um espaço de lazer. Caso contrário a prefeitura de Salvador vai interferir na área e não no empreendimento. "É nossa intenção recuperar a área. O projeto anterior não atendia as expectativas”, informou a assessoria.
A situação envolvendo o Aeroclube, localizado num dos melhores pontos de Salvador, na Orla, tem sido acompanhada pela Tribuna da Bahia. A história, que se confunde com uma novela, se arrastou desde 2007, quando houve a paralisação das obras. No auge das operações, em 1999, ano em que foi inaugurado, o Aeroclube chegou a computar 115 empreendimentos em operação, num mega investimento de R$ 50 milhões e geração de 10 mil empregos diretos e indiretos.
Atualmente o que se vê são lojas fechadas, num ambiente que mais parece uma cidade fantasma. Desde março de 2010 que a TB vem noticiando o Aeroclube e já chegou a ouvir empresários e políticos sobre o caso no decorrer de uma série de reportagens veiculadas desde então.
De um moderno centro de lazer e entretenimento para a comunidade, o espaço se encontra totalmente abandonado. Palco de assaltos e violência, o shopping se transformou num cemitério de sonhos para alguns lojistas que chegaram a se ver falidos por não terem mais de onde tirar seu sustento.
Desde agosto de 2011 que não há mais impeditivo jurídico. Naquela ocasião o Tribunal Regional Federal da 1ª região se manifestou cancelando o embargo das obras. Daquela data até agora muito se ouviu na imprensa a partir de informações divulgadas pelo atual consórcio de que realizaria a revitalização com posterior apresentação de um novo projeto, mas o de concreto é que até agora nada saiu do papel.
Muitos lojistas, os remanescentes que ainda aguardavam o posicionamento da Justiça na esperança de terem seus negócios retomados, ou mudaram para novo endereço ou simplesmente fecharam as portas, acumulando prejuízos frente ao descaso do consorcio. A Tribuna tentou entrar em contato com os administradores do Shopping, que não se manifestaram sobre a situação.

Nenhum comentário: