sexta-feira, 22 de março de 2013

Impasse no metrô: Líder da oposição denuncia 'lobby' dos empresários de ônibus


por Evilásio Júnior - BahiaNoticias

Impasse no metrô: Líder da oposição denuncia 'lobby' dos empresários de ônibus
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador, Gilmar Santiago (PT), disse acreditar que o real motivo para o impasse que permeia as negociações entre prefeitura e governo do Estado para que a licitação do metrô da Paralela seja liberada é a pressão dos empresários que exploram o serviço de ônibus da cidade. Sem dar nome aos bois, o petista avalia que o segmento exerce forte pressão no Palácio Thomé de Souza, mas se esquiva sobre a possibilidade de o Município atender aos interesses. "Não quero dizer que a prefeitura está a serviço dos empresários, mas existe um lobby, que é muito forte, desde a época que se discutia se ia ser VLT, BRT ou metrô. A cidade não pode ficar refém de apenas um modal de transporte. A hora é agora e eu sei que ACM Neto sabe que tem diante de si o desafio de não passar para a história como o prefeito que não conseguiu destravar a cidade", avaliou Santiago, em entrevista ao Bahia Notícias. O vereador cobra que a administração soteropolitana "faça a parte dela" e dê a licença para que a concorrência pública seja lançada. "A prefeitura tem que ter autonomia para dizer aos empresários que eles vão ter a fatia deles, mas não pode haver hegemonia. Se eles ditam as regras, o povo é que não pode pagar  a conta", comparou. Gilmar Santiago criticou ainda a postura de alguns aliados de Neto e, sobretudo, a declaração do secretário municipal de Transporte e Urbanismo, José Carlos Aleluia, de que "a Avenida Paralela não tem passageiro" que justifique trilhos em sua extensão. "Alguns vereadores esquecem que a região do Bairro da Paz, Mussurunga, São Cristóvão é mais populosa e que a própria Estação Mussurunga está mais perto de Cajazeiras do que a Estação Pirajá. Sem contar que a Paralela é a via estruturante central de Salvador", pontuou. Em 2011, ainda quando se discutia qual seria o transporte adotado para a Copa do Mundo, o Setps chegou a oferecer R$ 600 milhões à prefeitura para evitar a construção do metrô e criar faixas exclusivas de ônibus. O secretário de Planejamento do Estado à época, o deputado federal Zezéu Ribeiro (PT), disse que a proposta "cheirava a picaretagem".
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