Prevista para 2015, ferrovia tem sofrido interrrupções por conta de licenças ambientais e valores de licitações
A continuidade das obras da Ferrovia de Integração Oeste--Leste (Fiol) foi o foco das discussões no lançamento do seminário Fiol: a Bahia Quer, o Brasil Precisa, na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador.
O evento reuniu prefeitos, secretários, parlamentares e representantes da sociedade civil, que também vão participar da segunda etapa do evento, que será realizada no dia 26 de abril, em Barreiras, no oeste baiano.
O empreendimento, que liga Figueirópolis, no Tocantins, ao Porto Sul, em Ilhéus, na Bahia, tem previsão de conclusão para 2015.
No entanto, desde o início das obras, tem sofrido sucessivas interrupções por conta de problemas referentes ao licenciamento ambiental e a valores de licitações. Atualmente, apenas um dos nove lotes do projeto estão com obras em andamento.
De acordo com Maria Quitéria Mendes, prefeita de Cardeal da Silva, no nordeste do Estado, e presidente da UPB, a lentidão das obras tem causado prejuízos incalculáveis aos municípios que necessitam de uma nova via para escoamento da produção de minérios e agrícola.
"Já teríamos diversos contratos firmados caso as obras da ferrovia estivessem em andamento em todos os lotes previstos no projeto. É preciso desenrolar essa situação para que possamos trabalhar em cima de um empreendimento concreto", disse.
Idealizador do movimento, o deputado federal João Leão (PP) afirmou, durante o seminário, que a ferrovia pode ser considerada a maior obra do governo Jaques Wagner, no entanto precisa ser vista como prioritária.
"A ferrovia vai ser responsável pelo desenvolvimento não só dos municípios, mas de todo o Estado, pois irá gerar empregos. É necessário que todos batalhem para que esse projeto siga adiante", afirmou o deputado.
Impactos - Embora envolva diretamente 47 municípios, a obra da Ferrovia de Integração Oeste--Leste causará impacto em 147 cidades baianas.
Por conta disso, o senador Walter Pinheiro acredita que seja necessário solucionar problemas logísticos em algumas dessas cidades, como a criação de centros de distribuição e a construção de rodovias paralelas, para que não sejam gerados mais entraves durante a construção.
"Nada justifica interromper uma obra dessa magnitude. A Bahia precisa interiorizar o desenvolvimento. É um projeto de interesse comum a todos os prefeitos e a todos os baianos", afirmou.
Para o secretário da Casa Civil, Rui Costa, a aprovação da Medida Provisória dos Portos poderá garantir celeridade nas obras da ferrovia, pois será responsável por trazer investimentos expressivos, atendendo a demandas do crescimento de importação e exportação do País. "É preciso esforços políticos para garantir a retomada das obras", disse o secretário
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