O governo do Estado deve gastar cerca de R$80 milhões apenas com os estudos de viabilidade da ponte Salvador-Itaparica.
Além da contratação da empresa de consultoria McKinsey cujo contrato foi de R$ 40 milhões, será necessário a contratação de outras empresas para a realização dos planos diretores da 21 cidades que serão impactadas com a construção da ponte.
O governo reconhece que estas cidades sofrerão um forte impacto urbano com a chegada de 40 novos mil moradores num prazo de três décadas. Para analisar estes impactos, o governo firmou um pacto com as prefeituras para que os analisem em conjunto, incluindo-se os planos diretores urbanos de cada uma das 21 cidades, mas esse é um novo estudo que não está previsto no contrato com a McKinsey.
A Seplan não divulgou o escopo do trabalho que será realizado pelo consultoria internacional, mas as informações são de que eles serão focados apenas na ponte e não avaliarão o impacto no entorno das cidades envolvidas.
Na verdade, além do R$ 40 milhões da McKinsey estima-se que o poder público deve gastar montante semelhante com a elaboração de planos diretores para 21 cidades, o zoneamento dos municípios atingidos, e estudos sobre a ocupação imobiliária e a mobilização de 40 mil novos moradores previstos, além dos estudos indispensáveis em relação ao impacto urbano em Salvador.
A cidade, cujo centro antigo será fortemente atingindo, inclusive no relacionado à mobilidade urbana, precisará de um novo plano urbano para fazer frente ao impacto de um equipamento que vai aumentar o movimento na região em mais de 30 mil carros.
O secretário José Sérgio Gabrielli anunciou também que será construído um anel rodoviário em torno da Bahia de Todos-os-Santos, que inclui construção e duplicação de estradas e a integração de três rodovias federais, o que, segundo especialistas consultados pelo Bahia Econômica, vai demandar novos projetos que podem elevar em mais de R$ 40 milhões os estudos necessários para a implantação da ponte Salvador-Itaparica.
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