terça-feira, 19 de março de 2013

METRÔ PODE POR FIM AO PERÍODO DE PAZ ENTRE WAGNER E NETO


A propalada convivência civilizada entre o governador Jaques Wagner e o Prefeito ACM Neto pode ter dia para acabar. Prefeito e governador se reúnem na próxima sexta feira para por um ponto final na novela do metrô e tudo indica que as posições não vão convergir.

A raiz do impasse está no preço da passagem dos ônibus alimentadores. O governo propõe uma tarifa integrada no valor de R$ 3,50, sendo que R$ 0,95, ou um pouco mais, seriam repassados aos ônibus. A prefeitura não aceita e quer que sejam repassados aos ônibus pelo menos R$ 1,40.

O impasse pode atrasar o cronograma do governo que está pronto para soltar a licitação e iniciar as obras tanto da Linha 1 quanto da Linha 2, mas não pode fazer isso sem anuência da prefeitura.

A Prefeitura precisa transferir a gestão do metrô para o Estado e autorizar que a concessionária responsável pela operação do sistema banque o transporte de ônibus em um raio de 5 km das estações. A Prefeitura não aceita esse modelo de ônibus independente e quer a integração com o sistema convencional.

Assim o governo defende um sistema de ônibus independente do convencional, enquanto a prefeitura quer interligar o atual sistema de ônibus ao metrô, aplicando uma tarifa integrada.

Enquanto isso, o governador Jaques Wagner elevou o tom e, em entrevista ao jornal A Tarde, disse que se disserem a ele que o metrô não é necessário ele tem onde gastar R$ 600 milhões em outras obras que Salvador também precisa.

No âmbito da prefeitura ACM Neto parece interessado em encontrar uma solução que viabilize a transferência, mas setores da máquina municipal preferem que o município coloque os seis quilômetros de metrô para funcionar e fique com o bônus de ter destravado a obra

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