quinta-feira, 7 de março de 2013

Terminal de GNL inicia em setembro na Bahia



Publicado pela SEINFRA

Terminal de GNL Terminal de GNL da Petrobrás a ser inaugurado em setembro na Baia de Todos os Santos terá capacidade para regaseificar 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia (m3 /d)

A Petrobras coloca em operação, em setembro, o Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Bahia (TRBA), que terá capacidade para regaseificar 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia (m3 /d). A afirmação é da gerente-executiva de logística e investimento em gás natural da Petrobras, Luciana Rachid. A unidades, em construção na Bahia de Todos os Santos, será o terceiro terminal voltado para GNL da estatal no país.

A nova unidade permitirá que a capacidade de regaseificação do país suba dos atuais 27 milhões de m3 /d para um total de 41 milhões de m3 /d, em 2014, quando estiver totalmente em operação. O volume previsto é superior aos 31 milhões de m3 /d de importação de gás da Bolívia, previsto em contrato por meio do gasoduto Brasil-Bolívia.

Atualmente, o Brasil tem os terminais de Pecém (CE), com capacidade de regaseificação de 7 milhões de m3 /d, e o da Baía de Guanabara (RJ), com capacidade de 20 milhões m3 /d.

Luciana afirmou que a ampliação da comercialização de GNL faz parte da estratégia da companhia. "Vamos ampliar a atuação da Petrobras na comercialização e transporte de GNL", disse, durante apresentação no 4º Rio Gas Forum, evento sobre gás natural que ocorre entre ontem e hoje.

A Petrobras precisou importar, em 2012, grande volume de gás natural para suprir a demanda, principalmente em função da necessidade de abastecimento das termelétricas. Em 2012, a demanda média por gás natural no país foi de 74,9 milhões de m3 /d, segundo Luciana, uma alta de 22% em relação ao ano anterior.

A diretora do departamento de gás natural do Ministério de Minas e Energia, Symone Araújo, negou que a importação de GNL pelo país traga, necessariamente, preços mais altos para a geração elétrica. Segundo ela, o preço de importação flutua conforme a demanda do mercado internacional.

Luciana, da Petrobras, também se mostrou cética em relação a produção de gás não-convencional, o gás de xisto, no país. Apesar de frisar que faz parte da estratégia do ministério desenvolver essa produção, ela ponderou que "é prematuro afirmar que o Brasil disporá de expressivos volumes de gás não-convencional a preços equivalente ao que se observa hoje com o gás de xisto dos Estados Unidos".

Symone explicou que os resultados de investimentos para a produção de gás de xisto levam, em média, de cinco a sete anos para darem resultados. "Primeiro temos de fazer a primeira rodada", disse Symone, fazendo referência à rodada de licitação de blocos exploratórios de gás, que deve acontecer no fim deste ano.

Autor(es): Por Marta Nogueira
Do Rio
Valor Econômico - 07/03/2013.

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