Em um ano de implantação - completado no último mês de setembro - o Parque Tecnológico da Bahia está entre os 13 mais estruturados do Brasil, tendo em funcionamento 26 empresas e instituições que desenvolvem produtos e pesquisas aplicadas no Tecnocentro, primeiro prédio construído, onde trabalham 450 pessoas em projetos diversificados.
“Este é o primeiro parque totalmente estruturado no Norte e Nordeste, seja pelo ponto de vista cientifico ou pela estruturação física. Com um ano de implantação já possuímos empresas como IBM, Imbra, Portugal Telecom, que são multinacionais e outras empresas incubadas. Isso nos dá uma variação grande, além de incorporar conhecimento cientifico produzido aqui na Bahia”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Informação, Paulo Câmera.
Em parceria com a Secti, a empresa Lsitec Nordeste, está construindo um protótipo de equipamento que vai proporcionar o acesso à internet de banda larga aos moradores de áreas rurais do estado. O projeto, em desenvolvimento há seis meses, deve entrar em fase de teste em 2015, como explica o engenheiro eletricista, Ilan Souza. Segundo ele, o que se pretende é possibilitar o acesso à internet “mesmo em regiões com pouca densidade populacional, a exemplo das áreas rurais. O projeto vem sendo desenvolvido nesta parceria com a Secti e esperamos, em breve, já ter o protótipo definido e em um futuro próximo desenvolver o produto”.
Ampliação
Até dezembro mais 13 empresas devem se instalar no local, ampliando assim a integração cientifica. A troca de informações entre as instituições gera conhecimento e aumenta a capacidade de criação, a exemplo da ferramenta idealizada pela empresa Softwell Solutions.
Com o aplicativo é possível fazer compra via internet, em estações de metrô ou aeroportos, que possuam prateleiras digitais, por meio de dispositivos móveis, como celulares e computadores portáteis. De acordo com o coordenador de serviços da Softwell, Adriano Barbosa, as inovações tecnológicas desenvolvidas pela empresa atendem ao mercado nacional e internacional.
Ele afirma que o Parque é muito importante para a visibilidade da empresa. “Percebemos um fortalecimento do mercado de tecnologia na Bahia e conseguimos unir empresas baianas com empresas internacionais e isso nos dá um conhecimento e visibilidade muito grande. Promove uma troca de informações entre as empresas o que faz com que consigamos evoluir cada vez mais com nossos produtos e serviços, por isso, ter este apoio é fundamental”.
Novas parcerias incluem empresa cubana e Universidade de Campinas
Segundo o secretário Paulo Câmera, a próxima etapa do Parque contempla a implantação do complexo de equipamentos dinamizadores, com laboratórios compartilhados voltados principalmente para áreas de biotecnologia e saúde. “Em breve estaremos entre os mais especializados do país”.
Ele enfatiza que o grande foco do Parque é biotecnologia na área de saúde. “Nós já temos a Bahiafarma, fazendo uma grande fábrica de medicamentos voltados para consumo da comunidade carente, e agora estamos trazendo uma empresa cubana e um centro de biotecnologia em parceria com o Centro de Tecnologia Estratégica do Nordeste, a Universidade de Campinas Unicamp -, uma das maiores universidades do país com bioinformática, o Senai/Cimatec, com microinformática. Tudo isso traz um processo de transformação que pode nos colocar nos próximos dez anos na ponta de algumas pesquisas nacionais”.
Edital
A Secti lançou o edital para a instalação de incubadoras de empresas criativas. As empresas podem se inscrever até o dia 18 deste mês pela internet e acessar o conteúdo. O edital é gratuito e aberto para empresas que desenvolvam produtos ou serviços nas áreas digital - como games e multimídia, audiovisual, design, fotografia e música - e façam uso intensivo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A incubadora do Parque, Áity Criativa, vai atuar na preparação desses novos empreendimentos.
Fonte:Agecom
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