terça-feira, 8 de outubro de 2013

O COMÉRCIO BAIANO E A GREVE DOS BANCOS





A greve dos bancos está prejudicando a economia baiana. Há quase vinte dias sem serviços bancários, a economia vem sendo  afetada em todos os segmentos que dependem do sistema de pagamento e de ações bancarias.

Na construção civil, a concretização dos negócios e os financiamentos estão em compasso de espera, no comércio a redução nas vendas promete comprometer uma das melhores semanas do setor,  aquela que antecede o dia da criança.

O efeito mais direto se dá na economia informal, totalmente baseada nas compras à vista e com a redução na circulação de dinheiro  a redução nos negócios é imediata.

O ano de 2013 não tem sido bom para o comércio baiano, que em 2012 cresceu a base de 10% ao mês e em 2013 vem crescendo abaixo do 4%.  Em julho, por exemplo, o comércio baiano cresceu 2,5%, em relação a julho de 2012, abaixo do crescimento nacional de 6% e o quinto pior resultado do país. A greve dos bancos tende a piorar a situação e reduzir mais ainda as vendas.

Os bancários reivindicam 11,93% de reajuste, equivalente a aumento real de 5%. Já a poderosa Federação Nacional do Bancos – Fenaban, ofereceu um aumento de 6,1%, e agora oferece para 7,1%, o que significa de 1% em termos reais.

E preciso encontrar um meio termo, mas a proposta dos bancos é muito baixa, afinal o setor bancário é um dos que mais lucram no país.

Se a greve não terminar, o comércio baiano vai ter o pior desempenho no mês de outubro dos últimos anos e isso vai comprometer a média anual do crescimento do varejo.
 

Armando Avena

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