A Bahia precisa voltar a tratar a questão do turismo de forma profissional. Os dados apresentados pela edição de hoje do portal Bahia Econômica mostram claramente a redução do número de turistas estrangeiros que visitaram nosso Estado em 2012 e uma redução no movimento de embarques e desembarques nacionais no aeroporto de Salvador, o que aponta para uma provável redução no chamado turismo doméstico.
É certo que parte dessa desaceleração tem raízes no baixo crescimento da economia brasileira e mesmo no cenário internacional, mas a explicação para a redução do fluxo de turistas é local, afinal, em 2011 o país cresceu menos que 2012 e a situação tanto europeia quanto americana evoluiu no sentido da recuperação das suas economias.
Na verdade, a queda no turismo baiano tem a ver com os problemas relacionados com a deficiência de infraestrutura, com o aumento da violência urbana e com o abandono da cidade, que por oito anos ficou sem qualquer planejamento ou proposta para o setor.
No âmbito do Estado, por outro lado, a política de turismo, especialmente nos últimos dois anos, tem se pautado pela mesmice, por ações tradicionais e pela falta de uma estratégia mais moderna de inserção turística.
Um exemplo é a tradicional participação em eventos e feiras internacionais, sem levar em conta o foco que demonstra que países como a Argentina, a Itália, Portugal e Espanha, que concentram o grosso dos turistas que vem ao estado.
Nesse caso o ideal é a potencialização da emissão de turistas desses destinos, movimento mais efetivo do que a pulverização de açõe.. É verdade que os avanços estão ocorrendo tanto a nível municipal, com as ações focadas em cultura e na ampliação do espaço turístico na cidade que começam a ser realizadas pelo Secretário municipal Guilherme Bellantini, quando as ações da secretaria estadual de turismo, especialmente no que se refere à atração de voos internacionais, mas é preciso muito mais.
Salvador precisa de uma revolução na política de turismo, uma ação integrada entre Prefeitura e governo do Estado, no sentido de adotar ações para melhorar a infraestrutura da cidade, oferecer mais produtos turísticos e modernizar a estratégia de marketing.
Armando Avena -Bahiaeconômica
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