A previsão é que em 15 dias sejam finalizadas completamente as obras da Via Expressa Baía de Todos-os-Santos. O conjunto de intervenções viárias visa solucionar os problemas no trânsito nas áreas que apresentam retenções no tráfego de Salvador.
A estimativa foi dada pelo governador Jaques Wagner, na manhã de ontem, em visita à última etapa da obra, localizada nos túneis que ligam a Estrada da Rainha ao bairro do Comércio.
Conforme o governador, a abertura total da via depende da finalização de serviços de pavimentação, urbanização e jardinagem nas áreas próximas à construção das pistas. "Ao todo, foram investidos
R$ 480 milhões. Salvador vai sentir os benefícios tão logo seja inaugurada", explicou.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Sedur), Cícero Monteiro, nas próximas duas semanas devem ser concluídas a construção de duas passarelas para pedestres, na Estrada da Rainha (próximo ao beco do Cirilo) e na avenida Heitor Dias (à altura da rua Jorge Novis). "Posteriormente, serão construídas nas áreas próximas à Via Expressa praças e quadras de esportes", disse.
Durante a visita, moradores das proximidades da via pediram ao governador que, após o fim da obra, a região do entorno - como a Soledade e o Barbalho - seja requalificada. "É preciso que o governo se preocupe também com os inúmeros imóveis abandonados nos arredores da obra", disse José Santana, 65, morador do Barbalho.
Avaliação
Iniciada em março de 2009, a obra da Via Expressa é considerada uma das principais intervenções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Ministério dos Transportes, com acompanhamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A via é composta por dez faixas: seis para tráfego urbano e quatro para veículos de carga. Além disso, possui três túneis, 14 elevados e cerca de 23 km de pista de rolamento. Ao longo do trajeto, a via terá 3.200 metros de ciclovia e 30.500 m² de passeio.
O secretário de Desenvolvimento Urbano avalia a construção da Via Expressa como uma obra de altíssima complexidade. Dentre as etapas mais difíceis da obra, Monteiro destaca a desapropriação de imóveis onde foram construídas as pistas de rolamento.
"Foi preciso realizar 653 desapropriações em 448 imóveis residenciais e 205 comerciais. Dentre os residenciais, 116 casas foram relocadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida e as demais famílias foram indenizadas", disse.
"Atualmente, o tráfego nas regiões da Rótula do Abacaxi, ladeira do Cabula, largo Dois Leões e Baixa de Quintas hoje flui com mais facilidade, sem grandes engarrafamentos", apontou Cícero Monteiro.
A Tarde
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