As 13 novas unidades serão abertas em 10 cidades. Salvador é o destino de uma delas, com um hotel da rede próximo ao aeroporto
O grupo francês Accor, líder em operação hoteleira na Europa e
América Latina, assinou contratos com investidores que vão financiar 13
empreendimentos da bandeira Novotel no Brasil, elevando a 25 o número
dessa marca no país, voltada para o hóspede de negócios.
Os acordos fechados projetam aportes da ordem de R$ 715 milhões até
2016, que serão feitos por investidores institucionais e pessoas
físicas.
"Passamos
por uma fase de adequação e modernização da marca na região", diz o
diretor de operações Novotel América Latina, Bernd Hofmann, sobre um
processo de quatro anos. "A participação da região no faturamento do
grupo vai passar de 5% para 10%".
O
grupo Accor registrou entre janeiro e setembro deste ano receita bruta
de 8,6 bilhões de euros no mundo, 4,2% mais que no mesmo período de
2012. A holding responde por 3,5 mil hotéis em 93 países, sendo 181
unidades no Brasil, com as bandeiras Sofitel, Pullman, MGalerry, Grand
Mercure, Novotel, Adagio, Mercure e Ibis.
O
Brasil é a maior operação da marca Novotel na América Latina, com 12
dos 18 hotéis na região. Com os 13 novos contratos assinados, o país
passará a ter 25 dos 34 nas Américas.
"Temos
grandes investidores individuais, fundos de investimento e também o
condo-hotel", disse diretor de operações Novotel América Latina, Bernd
Hofmann, referindo-se às fontes de recursos. O executivo disse que a
taxa de retorno para esses aplicadores vai ficar entre 0,7% e 0,9% ao
mês. "Essa margem depende do empreendimento, da localização e da própria
operação".
As
13 novas unidades serão abertas em 10 cidades: Rio de Janeiro, São
Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Cuiabá, Manaus, Santos, Macaé
e Itu. "Nossa estratégia é ter presença nas grandes cidades que são os
principais polos de dinamismo econômico", disse o diretor de Operações
do Novotel na América Latina. "Temos interesse em buscar outras cidades,
como Fortaleza, Recife e Brasília".
O
plano de negócios para o Novotel trabalha com taxas médias de ocupação
na casa de 65%, com picos entre segunda-feira e sábado, dias de maior
demanda dos hóspedes de negócios. Com a estratégia comercial construída
no hóspede de negócios, a bandeira tem quartos de 25 metros quadrados,
onde velocidade de acesso à internet é tão importante quanto o conforto
da cama.
Por
isso, mesmo em cidades tradicionalmente posicionados como destinos de
lazer - como Rio de Janeiro, Salvador e Manaus -, a Accor quer fazer do
Novotel um hotel de negócios.
"Em
Salvador estamos mais próximos do aeroporto que da praia", diz Hofmann,
referindo-se à unidade que vai ser erguido em um empreendimento
multiuso da Odebrecht, com torres de escritórios e comerciais.
No
Rio de Janeiro, onde o Novotel inaugura as primeiras unidades dessa
leva entre junho e agosto de 2014, serão abertas duas operações na Barra
da Tijuca, para atender executivos de empresas, como as químicas de
Jacarepaguá. Também nessa época do próximo ano a bandeira chega a Belo
Horizonte, no bairro Savassi.
O
executivo da Accor admite que alguns mercados do país, como a Barra da
Tijuca, no Rio, e Belo Horizonte, vão passar por uma fase de aumento de
oferta mais acelerado que o da demanda. Mas descarta o risco de perder
margens operacionais.
"É
um ciclo natural. Um polo em desenvolvimento exige infraestrutura que
tem que crescer mais rapidamente que a demanda. Na sequência ocorre um
reequilíbrio".
O
plano de expansão da Accor soma 161 contratos já firmados na América
Latina, que permitirão a oferta extra de 25 mil novos quartos, sendo 130
empreendimentos no Brasil, com 21 mil quartos, com previsão para início
de operação até 2017.
Esses contratos representam um investimento da ordem de US$ 2 bilhões por meio dos investidores individuais e institucionais.
Fonte: Valor Econômico
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