Bahia / Cidade por
Da Redação
Publicada em 17/10/2013 19:51:58 - Tribuna da Bahia
O atual terminal de conteineres do porto de
Salvador
"Para ser viável economicamente um terminal precisa ter escala, e para isso é
imprescindível possuir uma área que permita a atracação de dois navios
simultaneamente", disse à Tribuna da Bahia e ao iG Bahia o presidente da ABTP -
Associação Brasileira dos Terminais Portuários, Wilen Manteli.
A recomendação econômica é de que o terminal existente deveria ser ampliado...
... mas a Secretaria de
Portos quer outro terminal
Como a área para a criação de outro terminal é pequena, na prática ficará
inviável receber os navios cargueiros já a partir do final de 2015, porque eles
terão 366 metros de comprimento, praticamente a largura de cada um dos
terminais.
Prejuízos para a Bahia
Outra consequencia esperada será a ampliação da perda no setor de
exportações. Hoje, 55% do café produzido na Bahia é exportado pelos portos de
Vitória, Rio e Santos. No caso do algodão é ainda pior: 99% saem por Santos. E
62% das frutas da Bahia vão para os portos de Pecém, Natal e Suape.
Descontente com os planos federais para Salvador, o governador Jaques Wagner
procurou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para expressar sua
contrariedade com a proposta. A ministra pediu a Wagner que aguarde o resultado
da consulta pública e a audiência. O governador chega nessa sexta-feira da
Alemanha.
Wagner disse à ministra que a solução é ampliar o atual terminal, em vez de
construir outro. "Fica melhor e mais barato." Além disso, é essencial expandir o
berço de atracação de 370 metros para mais 400 metros, o que ajudaria a atrair
navios maiores.
Também pode haver prejuízos ao polo petroquímico de Camaçari, cujo peso na
economia da Bahia supera 30%. A proposta cancela o arrendamento de duas áreas de
44 mil m² operadas pela Braskem, que acaba de anunciar, junto com o governador
Jaques Wagner, a possibilidade de implantar nova fábrica em Camaçari.
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