domingo, 27 de outubro de 2013

Opinião de força...precisamos juntos ajudar a Bahia a crescer, independente de interesses politicos.


WAGNER, ACM NETO E A CRISE ECONÔMICA DE SALVADOR



O governador Jaques Wagner e o Prefeito ACM Neto começaram a trabalhar juntos e Salvador começa a ver sair do papel algumas obras de infraestrutura que são fundamentais para a cidade. Agora os dois precisam se unir para tirar Salvador do marasmo econômico. A economia de Salvador perdeu a liderança entre as capitais do Nordeste em 2010. Naquele ano, segundo o IBGE, o PIB do município de Salvador, terceira maior cidade do país, atingiu o montante de R$ 36,7 bilhões e foi superado por Fortaleza com um PIB de R$ 37,1 bilhões. Em 2013, com a posse do Prefeito ACM Neto, a cidade tomou novo ânimo, mas a economia ainda permanece em compasso de espera e de, tal modo, que a taxa de desemprego na sua região metropolitana saltou de 6,3% em janeiro de para 9,3% em setembro.  Parte da redução na atividade econômica deve ser creditada à política nacional e a desaceleração do consumo que se verifica em todo o país. Mas parte do problema é local e reflete a concentração da economia soteropolitana em três setores: turismo, comércio e construção civil, todos apresentando forte desaceleração em 2013. A crise no turismo baiano é palpável e atinge fortemente Salvador. O número de turistas estrangeiros que visitaram a Bahia em 2012, caiu 14% em relação a 2011, segundo o Ministério do Turismo. Em 2013, entre janeiro e setembro, houve uma redução de cerca de 6% no movimento de passageiros de voos domésticos no aeroporto de Salvador e uma redução de 8,5% no movimento de passageiros internacionais. Já a taxa de ocupação médias dos hotéis em setembro foi de 53,6, quando em setembro de 2012 atingia 61,6, e assim foi durante quase todo o ano. Em relação ao mercado imobiliário, o PIB da construção civil apresentou uma queda de 5,4% no 1º semestre de 2013, segundo a SEI, refletindo a insegurança jurídica que ainda ronda o setor. O pior é que a desaceleração na economia soteropolitana não é um ponto na curva, é uma tendência e se a Prefeitura de Salvador e o governo do Estado não agirem rapidamente em breve perderemos o definitivamente a liderança econômica regional. Salvador precisa diversificar sua economia e isso quer dizer que turismo e cultura não bastam para dar dinamismo econômico à cidade. É preciso atrair indústrias não poluentes, especialmente em áreas de alta tecnologia, potencializar o Parque Tecnológico da Bahia, criar ou ampliar polos de serviços – portuários, financeiros, digitais, educacionais e de saúde – e estimular que as empresas que já estão sediadas aqui invistam mais na cidade. Claro, urge retomar a liderança do turismo no Nordeste e destravar a construção civil, mas é preciso avançar em outras áreas, especialmente na economia criativa, com a implantação de centros de design, moda, cinema, vídeo, publicidade, serviços de informática, televisão e rádio e por aí vai. O Prefeito ACM Neto precisa começar, ele mesmo, a divulgar Salvador como área nobre para a realização de negócios e atração de empresas e fazer com que a agência Salvador Negócios seja uma efetiva agência de fomento. É fundamental também implantar uma política de incentivos fiscais que torne Salvador atrativa às empresas que desejam investir, não só as de fora, mas as sediadas no próprio estado. E o governo do Estado, que vem sendo bem sucedido nessa área, tem de começar a colocar Salvador como prioritário no seu programa de atração de investimentos. É verdade que não haverá desenvolvimento em Salvador, sem que haja uma revolução na sua infraestrutura, mas esse desenvolvimento tampouco virá se não houver o dinamismo na sua economia.

                                              ÔNIBUS EM SALVADOR

O edital de licitação para o transporte de ônibus em Salvador deve sair no próximos dias. Esse é um passo fundamental para melhorar o transporte urbano na cidade.  Dados coletados pelo portal Bahia Econômica dão conta que Salvador tem a 4ª mais cara passagem de ônibus entre as capitais do país, bem acima das demais cidades do Nordeste e de cidades que apresentam serviços muito mais estruturados como Rio de Janeiro, onde a tarifa é R$ 2,75 e Belo Horizonte, com valor de R$ 2,65. Apenas três cidades apresentam valor da tarifa de ônibus acima de Salvador: Cuiabá(R$2,85), Florianópolis (R$ 2,90) e São Paulo (R$3,00). Os dados estão sujeitos a reparos, mas com esse valor da tarifa a Prefeitura pode exigir um serviço de qualidade, com ônibus novos e ar condicionado e linhas mais racionais.

                              
              PORTO DE SALVADOR

 A licitação do novo terminal marítimo de Salvador está causando polêmica. De um lado estão aqueles que apoiam a proposta do governo federal e propõem a construção de dois terminais no Porto de Salvador e de outro aqueles que defendem a ampliação do atual terminal, que teria assim um grande berço para receber os supercargueiros que hoje trafegam nas águas internacionais. Á princípio, a existência de mais de um terminal para estimular a concorrência seria o mais adequado, como acontece na maioria dos portos do Brasil. Concorrência é sempre bom e estimula o aumento da produtividade. Por outro lado, para este economista, que é leigo no assunto, a questão do tamanho dos berços, levantada pelos que defendem apenas um terminal, não parece problema, afinal, os aterros são usados em todo o mundo para ampliar os terminais e, ao que me consta, a questão do calado seria um impeditivo muito maior. Prometo ao leitor estudar melhor o assunto, mas, ao que parece, a discussão ainda não se esgotou.     
 

Armando Avena

WAGNER E NETO PRECISAM DINAMIZAR A ECONOMIA DE SALVADOR




A Prefeitura de Salvador precisa voltar os olhos para a economia da cidade. A economia soteropolitana é fortemente concentrada nos setores de comércio, turismo e construção civil e como mostra reportagem desta edição do Bahia Econômica todos os esses setores estão apresentando fraco desempenho em 2013 e é isso que explica o aumento expressivo da taxa de desemprego na cidade.

Deve-se louvar o trabalho do Secretário de Desenvolvimento Turismo e Cultura, Guilherme Bellintani, que vem realizando ações importantes especialmente no âmbito da cultura e na ordenação do carnaval.

Mas é preciso ampliar as ações de caráter mais econômico e o próprio Prefeito ACM Neto precisa começar a divulgar Salvador como área nobre para a realização de negócios e atração de empresas. É preciso que agência Salvador Negócios que foi criada recente passe agir como agência de fomento, atraindo empresas, inclusive industriais, desde que não poluentes, e viabilizando negócios.

É necessário também a criação de uma política de incentivos fiscais que torne Salvador atrativo às empresas que desejam investir, não só as de fora, mas as sediadas no próprio estado. O governo do Estado também tem responsabilidade nessa área e deve começar a estimular a vinda de empresas para a cidade.

O fato é que Salvador e  sua região metropolitana estão crescendo menos que as demais capitais brasileiras. Segundo o IBGE, o PIB de Salvador caiu duas posições no ranking das 10 maiores capitais do país, perdendo o posto de maior economia do Nordeste para Fortaleza.

O produto Interno Bruto do município de Salvador atingiu em 2010 o montante de R$ 36,7 bilhões, sendo superado por Fortaleza com um PIB de R$ 37,1 bilhões.

A Prefeitura de Salvador e o governo do Estado precisam dar uma guinada na política de estímulo ao turismo, precisam buscar novas áreas de especialização econômica para a cidade, precisam, enfim, encarar Salvador como um locus de crescimento econômico  do Estado e não apenas como área de lazer, turismo e diversão.
 
Armando Avena




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