segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Salvador encurralada


Salvador encurralada

Embora ainda não haja uma decisão definitiva do Tribunal de Justiça da Bahia, a declaração da inconstitucionalidade da Lei do Ordenamento do Solo de Salvador (Louos) e do PDDU (em parte) deverá, segundo o setor imobiliário, determinar a paralisação do segmento da construção e incorporação na capital baiana. Não há, ainda, uma decisão definitiva, embora 19 desembargadores já tenham votado acompanhando o relator, desembargador Rotondano, que se pronunciou pela inconstitucionalidade. Em relação ao PDDU, apenas parte dele caiu, também por ser considerado inconstitucional. São três leis do PDDU que integravam a Louos. A expectativa ficou por conta do desembargador Clésio Rosa, ao interromper a votação e pedir vista ao processo que regula a modulação do Louos. A situação se tornou dramática para o setor da construção que não somente ficará paralisado como será obrigado a demitir em massa os trabalhadores  que atuam na área, aumentando o desemprego que, em Salvador, é cada dia maior. A presunção dos segmentos é de que  até o metrô será prejudicado, assim como os projetos no entorno da Arena da Fonte Nova cuja construção também ficará congelada, prejudicando os jogos da Copa do Mundo. São edifícios com diversas utilidades, a exemplo de hotéis. A Orla Marítima será atingida. Não se sabe, ainda, como a situação ficará. Ainda é cedo. Espera-se um pronunciamento do prefeito de Salvador, ACM Neto, e, talvez, do governador Jaques Wagner. O ramo hoteleiro está confuso e, ao que parece, somente a Linha Viva (que irá da Rótula do abacaxi, até próximo ao aeroporto) está ainda de pé, assim como um centro administrativo municipal que surgirá nos Barris, o que não parece ser o local mais adequado para tal equipamento. A partir de agora, todas as obras projetadas, se ainda o forem, passarão pelo Conselho da Cidade. O fato que o problema para Salvador é imenso e, seguramente, afastará investidores da capital baiana. É preciso, no entanto, aguardar o final do julgamento, após vista ao processo, para sabermos exatamente onde estamos, se em Salvador ou em uma cratera lunar.

Samuel Celestino - Bahianoticias

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