.jpg)
A construção de dois terminais no Porto de Salvador tem sido alvo de constantes discussões. O governador Jaques Wagner já manifestou sua preferência para a ampliação do atual terminal, enquanto que a Usuport (Associação de Usuários dos Portos da Bahia) defende dois terminais.
O Bahia Econômica ouviu nesta sexta-feira (18) o Tecon Salvador - operador do terminal da capital baiana desde 2000. O presidente do Tecon, Demir Lourenço Junior, discordou da avaliação da Usuport de que um único terminal promoveria um monopólio. “Quem diz que não existe concorrência está equivocado e não está analisando o cenário macroeconômico”, disse.
Para o presidente do Tecon, “o mais importante é dar possibilidade (do terminal) receber navios maiores”. Atualmente, há dois berços de atracação: um de 377 metros e outro de 240 metros, explica Demir. Ele ressalta que no mundo não se constroi mais berços com menos de 400 metros. “Já entramos com pedido de aumento da capacidade. Nosso projeto prevê ampliação dos atuais 370 metros para 800 metros”.
Demir Lourenço ressaltou ainda ao Bahia Econômica que não é contra a construção de dois terminais desde que haja capacidade para isso. “Não podemos concordar que o segundo terminal seja na área que existe hoje”, avaliou.
A ideia é deixar o terminal mais competitivo como era antes, declarou o presidente do Tecon. Mas hoje a realidade é outra: “antes os navios tinham 34 metros e hoje há navios com 366 metros de comprimento”, informa. Daí a necessidade de aumentar a capacidade.
Com relação ao aumento das tarifas de movimentação de contêineres, citado pela Usuport, de R$ 94,00 para R$ 680,00 entre 1999 e 2013, Demir Lourenço afirmou que o preço base está incorreto. Ele afirmou também que a inflação acumulada do IGPM é de 284%. Segundo Demir, o preço da movimentação na época em que o contrato com o Tecon foi firmado era de R$ 230,00 e não de R$ 94,00. Agora, está em R$ 550,00 e não em R$ 680,00.Bahiaeconômica
Nenhum comentário:
Postar um comentário