sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Porto - publicação Bahiaeconômica



NOVO PORTO PODE TRAZER PREJUÍZO PARA BAHIA


 

 
 
Com objetivo de ampliar a capacidade e a potencialidade do sistema portuário de Salvador e do Brasil, o Governo estadual está lançando hoje em Salvador um projeto de duplicação do porto de Salvador, com a construção de outro terminal ao lado do existente. 
 
No Brasil, a ideia do governo é ampliar a capacidade de armazenamento e trabalhar com a economia de escala. Em Santos, a ideia é aglutinar os terminais de conteineres, com o objetivo de ganhar espaço, diferente de Salvador. 
 
O projeto do governo federal será discutido em audiência pública nessa sexta-feira (18/10). Se for aprovado, "Salvador ficará com dois terminais e, no fundo, com nenhum", explicou Manteli, esclarecendo que haverá dificuldades de atracação e desatracação dos navios, cada vez maiores.

 
Como a área para a criação de outro terminal é pequena, na prática ficará inviável receber os navios cargueiros já a partir do final de 2015, porque eles terão 366 metros de comprimento, praticamente a largura de cada um dos terminais. Cada berço de atracação, como deseja o governo federal, terá menos da metade da área de seus principais concorrentes no Brasil.

Outra consequência esperada será a ampliação da perda no setor de exportações. Hoje, 55% do café produzido na Bahia é exportado pelos portos de Vitória, Rio e Santos. No caso do algodão é ainda pior: 99% saem por Santos. E 62% das frutas da Bahia vão para os portos de Pecém, Natal e Suape. Também pode haver prejuízos ao polo petroquímico de Camaçari, cujo peso na economia da Bahia supera 30%. A proposta cancela o arrendamento de duas áreas de 44 mil m² operadas pela Braskem.

O governador Jaques Wagner se mostrou contrario a proposta, e pediu ao Governo Federal a ampliação da capacidade do atual porto.

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