DO
"FINANCIAL TIMES"
Há duas formas de ver a proposta de fusão entre a Portugal
Telecom e a Oi.
A primeira é como uma transação isolada que simplificará a
emaranhada relação entre os dois grupos; possibilitará maior sinergia e abrirá
caminho para uma necessária injeção de dinheiro na Oi.
A outra é como movimento preventivo antes da possível
consolidação do mercado brasileiro de telefonia móvel.
No primeiro caso, há muito a celebrar. O negócio porá fim
à pilha de participações cruzadas de uma empresa na outra, e os ativos das duas
teles vão se fundir em um novo grupo no qual os acionistas da PT terão 38% do
total.
A sede será no Brasil, as ações serão serão listadas em
São Paulo e na Europa, e o comando caberá a Zeinal Bava, presidente da Oi e da
PT.
Como parte da transação, a Oi planeja uma capitalização de
cerca de R$ 8 bilhões, por meio de oferta de ações que daria à nova empresa uma
relação dívida/ receita melhor do que a mantida hoje tanto pela PT como pela
Oi.
A sinergia (economia com processos que deixarão de ser
duplicados) é estimada em R$ 5,5 bilhões, dos quais 40% serão financeiros
(sobretudo com tributação) e o restante, em processos operacionais.
Os 38% da empresa resultante que caberão aos acionista da
PT parecem precisamente calculados, com base na avaliação do mercado e no
espaço para investimento.
Se soa levemente mais vantajoso para Oi, isso é compensado
pelo maior potencial de crescimento do Brasil, onde os smartphones têm
penetração de 16% (contra 33% em Portugal), ainda que o mercado no país tropece
em impostos altos, baixas margens e carência de investimento.
O que remete ao segundo aspecto: a Telecom Italia está
sendo levada a vender ativos para saldar dívidas, e a TIM pode entrar nessa
conta.
Se a Tim for dividida, a Oi pode querer abocanhar uma
fatia. O acordo com a PT a deixa mais apta para fazê-lo.
Análise:
Fusão da Oi com a Telecom é ação preventiva antes de consolidação maior do setor
DO
"FINANCIAL TIMES"
Há duas formas de ver a proposta de fusão entre a Portugal
Telecom e a Oi.
A primeira é como uma transação isolada que simplificará a
emaranhada relação entre os dois grupos; possibilitará maior sinergia e abrirá
caminho para uma necessária injeção de dinheiro na Oi.
A outra é como movimento preventivo antes da possível
consolidação do mercado brasileiro de telefonia móvel.
No primeiro caso, há muito a celebrar. O negócio porá fim
à pilha de participações cruzadas de uma empresa na outra, e os ativos das duas
teles vão se fundir em um novo grupo no qual os acionistas da PT terão 38% do
total.
A sede será no Brasil, as ações serão serão listadas em
São Paulo e na Europa, e o comando caberá a Zeinal Bava, presidente da Oi e da
PT.
Como parte da transação, a Oi planeja uma capitalização de
cerca de R$ 8 bilhões, por meio de oferta de ações que daria à nova empresa uma
relação dívida/ receita melhor do que a mantida hoje tanto pela PT como pela
Oi.
A sinergia (economia com processos que deixarão de ser
duplicados) é estimada em R$ 5,5 bilhões, dos quais 40% serão financeiros
(sobretudo com tributação) e o restante, em processos operacionais.
Os 38% da empresa resultante que caberão aos acionista da
PT parecem precisamente calculados, com base na avaliação do mercado e no
espaço para investimento.
Se soa levemente mais vantajoso para Oi, isso é compensado
pelo maior potencial de crescimento do Brasil, onde os smartphones têm
penetração de 16% (contra 33% em Portugal), ainda que o mercado no país tropece
em impostos altos, baixas margens e carência de investimento.
O que remete ao segundo aspecto: a Telecom Italia está
sendo levada a vender ativos para saldar dívidas, e a TIM pode entrar nessa
conta.
Se a Tim for dividida, a Oi pode querer abocanhar uma
fatia. O acordo com a PT a deixa mais apta para fazê-lo.
Publicação de Uol Economia
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