Com as novas
vítimas, o número de presos mortos no Amazonas por conta dos desdobramentos da
guerra entre as facções FDN e Primeiro Comando da Capital (PCC) sobe para 64.
Em Boa Vista (RR), na semana passada, houve mais 33 mortos.
A Cadeia
Pública de Manaus estava desativada desde outubro do ano passado por conta das
péssimas condições de conservação, mas teve de ser reativada para abrigar os
presos que corriam risco de morte no Compaj.
O secretário
de Administração Penitenciária do Amazonas, Pedro Florêncio, confirmou as
mortes ao Estado e afirmou não se trata de briga de facção pelo fato de não
haver no local presos de grupo diferentes.
"Não
houve briga de facção porque todo mundo era do mesmo grupo. Todos eram os
presos que eram ameaçados, que não tinham convivência, que estavam em áreas de
seguro, de isolamento, nos outros presídios. Quando houve aquela rebelião, com
as ameaças de matar eles também, nós os trouxemos para cá. Chegou aqui, eles se
matam entre si mesmo", explicou.
Para
Florêncio, as mortes desta madrugada ainda são "algo
incompreensível".
A FDN é
apontada pela Polícia Federal como a terceira maior facção do Brasil – atrás
apenas do PCC e do CV. A organização criminosa surgiu por volta do ano de 2006
após a união de dois grandes traficantes amazonenses que cumpriam suas penas em
presídios federais. Gelson Lima Carnaúba, o G, e José Roberto Fernandes
Barbosa, o Pertuba, saíram do sistema prisional federal com destino ao Amazonas
“determinados ou orientados”, segundo a PF, a estruturarem uma facção criminosa
nos moldes do PCC e CV.
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