Políticos temem
turbulências após operação da PF contra Eike
marceloribeirosilva13
horas atrás
image/jpeg Eike Batista no celular em
julgamento por insider trading
Brasília – Engana-se quem pensa que a operação da Polícia Federal contra Eike Batista passou em branco pelos políticos de
Brasília. A preocupação é generalizada, já que o empresário sempre teve boa
interlocução com vários grupos políticos.
O que preocupa? Segundo parlamentares, a apreensão do meio político é
que “se for apertado, Eike decida falar tudo o que sabe e delate muita gente”.
O empresário construiu relações com vários personagens do meio político,
como o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), enquanto protagonizava uma
ascensão meteórica no mercado financeiro no início dos anos 2000.
Vale lembrar que Eike sempre foi próximo ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT). Ele fazia parte do grupo de “empresários amigos” do petista.
Em 2016, o empresário fez um depoimento no qual revelou que o
ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teria lhe pedido, em 2012, R$ 5
milhões para ajudar no pagamento de despesas de campanhas do PT.
À época, Eike afirmou que teria feito doações esporádicas ao PSDB
durante as eleições de 2006.
Um novo depoimento do empresário poderia trazer à
tona novas informações sobre as relações que ele mantinha com PT, PSDB e também
com nomes do PMDB do Rio de Janeiro.
Eike Batista pode ficar
preso em cela comum
Mariana
Sallowicz18 horas atrás
Foto:
Wilton Junior/AE O empresário Eike Batista no lançamento do livro "O X da
Questão" em dezembro de 2011
RIO - Caso o empresário Eike Batista se entregue à polícia, a unidade
prisional para qual será encaminhado depende de esclarecimentos a respeito da
sua formação educacional em meio a inconsistências sobre a questão. Em livro
publicado em 2011, o ex-bilionário diz que interrompeu a faculdade de
Engenharia na Alemanha "ainda na metade" do curso. Já o prospecto da
Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) da petroleira que fundou, a
OGX, traz a informação que ele era "bacharel em Engenharia Metalúrgica
pela Universidade de Aachen, Alemanha". A oferta de ações ocorreu em 2008.
Se Eike não comprovar que possui ensino superior, terá que aguardar
julgamento em uma cela comum. Detentos com diploma são encaminhados para
unidades restritas aos que têm ensino superior. O empresário está fora do País
e ainda não se entregou. Eike é alvo da Operação Eficiência, deflagrada nesta
quinta-feira, 26.
"Desde sua graduação, (Eike) tem sido um empresário bem-sucedido,
dirigindo o Grupo EBX por mais de 20 anos, ganhando notoriedade mundial na
indústria de mineração", diz o prospecto entregue à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), que também traz a informação de que ele seria bacharel pela
Universidade de Aachen.
No livro de "O X da Questão", editado por
Roberto D'Avila, Eike diz que não conseguiu esperar pelo fim da graduação na
Alemanha. "Queria trabalhar, empreender, ganhar dinheiro", afirma no
capítulo 6, que chama de "Em Busca do Ouro". Procurado para comentar
o assunto, o advogado de Eike não atendeu às ligações da reportagem.
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