josedito6746
minutos atrás
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image/jpeg Presos são enfileirados sem roupa durante revista, após rebelião no
presídio de Manaus
Uma semana após o massacre que deixou 56 mortos no Complexo
Penitenciário Anisio Jobim (Compaj), três corpos foram encontrados em uma mata
ao lado do presídio, em Manaus. Caso sejam de presos do Compaj – o que
ainda não é possível dizer, mas é a principal hipótese do governo -, chegará a
100 o número de mortos em presídios da Região Norte desde o primeiro dia do
ano.
Além dos mortos no Compaj, houve quatro mortes na Unidade Prisional de
Puraquequara, também no primeiro dia do ano, e outras quatro na Cadeia Pública
Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, na madrugada deste domingo. Na
sexta-feira, mais 33 presos foram assassinados na Penitenciária Agrícola de Monte
Cristo em Boa Vista, capital de Roraima.
Segundo Jefferson Mendes, diretor-geral de perícia do Instituto Médico
Legal (IML) de Manaus, os três corpos encontrados em área ao lado do Compaj
estavam sendo resgatados pelos bombeiros nesta tarde de domingo – a localização
das vítimas ocorreu por volta das 10h. De acordo com ele, não era possível
ainda associar os corpos ao massacre ocorrido no Compaj.
Veja também
- Brasil Nova rebelião em Manaus deixa ao menos quatro mortos
- Brasil PCC e FDN dividem presídio do massacre de 33 presos em Roraima
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Até agora, apenas as mortes ocorridas no Compaj e no presídio de
Puraquequara são atribuídas pelo governo diretamente à guerra entre as facções
criminosas Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC), ao qual
era ligada a maioria das vítimas nas duas chacinas. Os dois grupos lutam pelo
controle dos presídios e do tráfico de drogas na Região Norte.
Já as mortes ocorridas em Roraima seriam um “acerto interno” no
presídio, segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Raciocínio
semelhante tem o secretário de Justiça e Cidadania de Roraima, Uziel
Castro, que afirmou que restou apenas o PCC na penitenciária após a remoção de
detentos ligados a outros grupos em outubro de 2016, quando um confronto com o
Comando Vermelho (CV) deixou dez mortos.
Segundo o governo do Amazonas, as mortes ocorridas na madrugada deste
domingo na Cadeia Pública em Manaus foram um desdobramento do massacre no
Compaj, mas não podem ser atribuídas diretamente à guerra entre facções.
Após a chacina no Compaj, 286 presos ameaçados e que não eram ligados a
nenhuma facção foram levados à Cadeia Pública, que estava desativada desde
outubro de 2016 por causa de suas condições precárias. Na sexta-feira, começou
um protesto na unidade em razão das más condições, que levou à rebelião e às
quatro mortes ocorridas na madrugada deste domingo.
MSN
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