sábado, 14 de setembro de 2013

Marcelinho busca saída nas trevas

De Samuel Celestino

O ex-presidente do Bahia, ou ex-ditador, Marcelo Guimarães Filho, procura saídas para justificar a situação de dificuldades em que se encontra após a divulgação da auditoria no clube, determinada pela Justiça e Ministério Público, que acabará em processos contra ele e outros “assessores”.
 Para se defender, dificilmente contratará o advogado Kakay, um dos mais caros (e competentes) do País, porque a fonte que tinha, secou, e a deixou em estado quase falimentar: o Esporte Clube Bahia.
 Para se defender, tenta politizar e dizer que o clube foi “aparelhado” pelo PT, o que é uma desculpa infantil e mentirosa. Ele, sim, tentou se aproveitar da torcida tricolor para se tornar um político (péssimo), mas o tempo em que  torcida elegia presidentes já passou de há muito.
 As torcidas dos clubes brasileiros entenderam que presidente de clube é uma coisa, parlamentar é outra. Assim, ele foi derrotado nas últimas eleições e ficou numa mera suplência, assumindo por três meses, enquanto o deputado titular estava nos Estados Unidos “aprendendo inglês”. É do PMDB, é certo, mas longe da legenda que não o quer por perto, como é o caso de Geddel Vieira Lima, que sabe perfeitamente que a sua aproximação tira votos e causa problemas ao partido, que não conseguirá sufrágios de torcedores do clube.
 Geddel jamais dirá que é “amigo” do ex-ditador do clube, agora expulso por uma interventoria. Sem lastro para apresentar defesa, fala em “aparelhamento petista”, de sorte a atacar o novo presidente, Fernando Schmidt, um homem ético e de respeitabilidade inquestionável. 
Nas sombras, Marcelo procura saídas, mas nas trevas saídas são impossíveis.

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