segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Bahia ganhará três novas linhas férreas

Ministério dos Transportes diz que serão 1.6 mil quilômetros de malha ferroviária, com um investimento de R$ 11 bilhões


Até 2019 a Bahia deve ser cortada por três novas ferrovias operadas em regime de concessão, cujos leilões devem ocorrer em fevereiro de 2014. Serão 1.643 quilômetros de malha ferroviária só no Estado, com um investimento previsto de R$ 11 bilhões, revelou para A TARDE o Ministro dos Transportes Cesar Borges (PR).
As ferrovias serão destinadas ao transporte de carga, com destaque para a indústria da mineração.
Na quinta-feira, o governo federal deu mais um passo para agilizar a concessão das novas ferrovias que cortarão todas as regiões do País, incluindo as que passam pela Bahia, com a publicação do Decreto n° 8094, no Diário Oficial da União, que determina a desestatização (concessão para exploração) de 32 trechos de malha ferroviária para construção dez ferrovias.
Ligações - São sete trechos que passam pela Bahia no decreto e que integrarão as três ferrovias. São elas: Belo Horizonte(MG) -Salvadorcom850 quilômetros de extensão; Salvador - Recife (PE) com 343 quilômetros de trilhos (passando por Alagoinhas) e Feira de Santana - Parnamirim (RN), que somará450 quilômetros de malha ferroviária. Tudo construção nova.
Na Bahia, a malha ferroviária existente - operada pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) - não é viável economicamente e está ?sucateada?, diz o ministro. ?O custo para revitalizar e readequar o sistema seria muito maior?, afirma. Borges explica que com uma bitola de um metro, que é a da ferrovia baiana hoje, os trens rodam numa velocidade média de 20 km/h. Com as bitolas de 1,6 metro, essa velocidade saltará para 80 km/h.
Apesar da concessão da FCA já ter sido devolvida ao governo, a empresa tem a obrigação de operar até que o novo sistema ferroviário esteja efetivamente nos trilhos.
Modelo - No total, o governo prevê o investimento de R$ 91 bilhões em mais de 10 mil quilômetros em 10 ferrovias no País. A previsão é audaciosa: cinco anos para o sistema todo estar operando, diz o ministro. Até o final do ano serão 10 editais para construção e operação do sistema, o primeiro da ferrovia que liga Ceilândia (MA) à Barcarena (PA).
O ministério aguarda somente o sinal verde do Tribunal de Contas da União, que analisa o modelo de concessão, no qual a Valec atuará como a detentora do direito de passagem nos trilhos. Não haverá monopólio de empresas para explorar o sistema.
  

Fonte: A Tarde


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