Ministério dos Transportes diz que serão 1.6 mil quilômetros de malha ferroviária, com um investimento de R$ 11 bilhões
Até 2019 a Bahia deve ser
cortada por três novas ferrovias operadas em regime de concessão, cujos leilões
devem ocorrer em fevereiro de 2014. Serão 1.643 quilômetros de malha ferroviária
só no Estado, com um investimento previsto de R$ 11 bilhões, revelou para A
TARDE o Ministro dos Transportes Cesar Borges (PR).
As ferrovias serão destinadas
ao transporte de carga, com destaque para a indústria da
mineração.
Na quinta-feira, o governo
federal deu mais um passo para agilizar a concessão das novas ferrovias que
cortarão todas as regiões do País, incluindo as que passam pela Bahia, com a
publicação do Decreto n° 8094, no Diário Oficial da União, que determina a
desestatização (concessão para exploração) de 32 trechos de malha ferroviária
para construção dez ferrovias.
Ligações -
São sete trechos que passam pela Bahia no decreto e que integrarão as três
ferrovias. São elas: Belo Horizonte(MG) -Salvadorcom850 quilômetros de extensão;
Salvador - Recife (PE) com 343 quilômetros de trilhos (passando por Alagoinhas)
e Feira de Santana - Parnamirim (RN), que somará450 quilômetros de malha
ferroviária. Tudo construção nova.
Na Bahia, a malha ferroviária
existente - operada pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) - não é viável
economicamente e está ?sucateada?, diz o ministro. ?O custo para revitalizar e
readequar o sistema seria muito maior?, afirma. Borges explica que com uma
bitola de um metro, que é a da ferrovia baiana hoje, os trens rodam numa
velocidade média de 20 km/h. Com as bitolas de 1,6 metro, essa velocidade
saltará para 80 km/h.
Apesar da concessão da FCA já
ter sido devolvida ao governo, a empresa tem a obrigação de operar até que o
novo sistema ferroviário esteja efetivamente nos trilhos.
Modelo - No
total, o governo prevê o investimento de R$ 91 bilhões em mais de 10 mil
quilômetros em 10 ferrovias no País. A previsão é audaciosa: cinco anos para o
sistema todo estar operando, diz o ministro. Até o final do ano serão 10 editais
para construção e operação do sistema, o primeiro da ferrovia que liga Ceilândia
(MA) à Barcarena (PA).
O ministério aguarda somente o
sinal verde do Tribunal de Contas da União, que analisa o modelo de concessão,
no qual a Valec atuará como a detentora do direito de passagem nos trilhos. Não
haverá monopólio de empresas para explorar o sistema.
Fonte: A Tarde
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