quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ferrovia Oeste-Leste é tema de encontro em Barreiras


Obra vai ligar o Porto Sul, em Ilhéus, a Figueirópolis (TO), onde fará entroncamento com a Ferrovia Norte-Sul

Produtores e representantes de municípios do oeste se reúnem nesta quarta-feira, no auditório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em Barreiras, para discutir sobre a Ferrovia de Integração Oeste-Leste e elaborar o programa do seminário Fiol: a Bahia Quer, o Brasil Precisa, que acontece na cidade no dia 26.
O evento terá como foco a sensibilização do governo federal para a importância da Fiol no escoamento da produção de grãos e minérios e no abastecimento da região produtora com insumos.
Com 1.527 km de extensão, a ferrovia vai ligar o Porto Sul, em Ilhéus, a Figueirópolis (TO), onde fará entroncamento com a Ferrovia Norte-Sul.
Embora anunciada como obra prioritária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), segundo o deputado federal João Leão (PP), "dos nove lotes do empreendimento, iniciado em 2010, apenas um está em andamento atualmente".
O último prazo do Ministério dos Transportes para a conclusão da obra é até o final de 2015. Entre as razões apontadas para o atraso, está a questão ambiental. No traçado original, foram detectadas cavidades geológicas em vários trechos, o que gerou novos estudos, que, segundo o Dnit, estão em fase de conclusão.
Logística - Um exemplo da dificuldade para escoar os produtos brasileiros, segundo a presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Isabel Cunha, é este produto. "Enquanto a produção estrangeira chega ao destino em 7 a 10 dias, o algodão que produzimos demora até 90. Assim, é difícil competir", disse.
Segundo ela, 60% do algodão produzido no oeste são exportados. Deste total, 95% são escoados pelo Porto de Santos (SP), com viagens rodoviárias de quase 2 mil quilômetros.
A capacidade de cada trem é estimada em até 22 mil toneladas do produto, o equivalente a cerca de 500 carretas circulando em rodovia. "Isto significa que não só os produtores serão beneficiados, mas o reflexo da Fiol será sentido também nas estradas", afirma Júlio Busato, presidente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia.



Fonte: A Tarde

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