Obra vai ligar o Porto Sul, em Ilhéus, a Figueirópolis (TO), onde fará entroncamento com a Ferrovia Norte-Sul
Produtores e representantes de municípios
do oeste se reúnem nesta quarta-feira, no auditório da Associação de
Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em Barreiras, para discutir
sobre a Ferrovia de Integração Oeste-Leste e elaborar o programa do
seminário Fiol: a Bahia Quer, o Brasil Precisa, que acontece na cidade
no dia 26.
O evento terá como foco a sensibilização
do governo federal para a importância da Fiol no escoamento da produção
de grãos e minérios e no abastecimento da região produtora com insumos.
Com 1.527 km de extensão, a ferrovia vai
ligar o Porto Sul, em Ilhéus, a Figueirópolis (TO), onde fará
entroncamento com a Ferrovia Norte-Sul.
Embora anunciada como obra prioritária do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), segundo o deputado federal
João Leão (PP), "dos nove lotes do empreendimento, iniciado em 2010,
apenas um está em andamento atualmente".
O último prazo do Ministério dos
Transportes para a conclusão da obra é até o final de 2015. Entre as
razões apontadas para o atraso, está a questão ambiental. No traçado
original, foram detectadas cavidades geológicas em vários trechos, o que
gerou novos estudos, que, segundo o Dnit, estão em fase de conclusão.
Logística - Um exemplo
da dificuldade para escoar os produtos brasileiros, segundo a presidente
da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Isabel Cunha, é
este produto. "Enquanto a produção estrangeira chega ao destino em 7 a
10 dias, o algodão que produzimos demora até 90. Assim, é difícil
competir", disse.
Segundo ela, 60% do algodão produzido no
oeste são exportados. Deste total, 95% são escoados pelo Porto de Santos
(SP), com viagens rodoviárias de quase 2 mil quilômetros.
A capacidade de cada trem é estimada em
até 22 mil toneladas do produto, o equivalente a cerca de 500 carretas
circulando em rodovia. "Isto significa que não só os produtores serão
beneficiados, mas o reflexo da Fiol será sentido também nas estradas",
afirma Júlio Busato, presidente da Associação dos Agricultores e
Irrigantes da Bahia.
Fonte: A Tarde
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