segunda-feira, 15 de abril de 2013

DOUGLAS COSTA - DIRETOR DA ITAIPAVA





Entrevista do Bahia Econômica com o Diretor da Itaipava - Douglas Costa


Bahia Econômica: Que motivos levaram a Itaipava a patrocinar a Arena Fonte Nova?

Douglas Costa: Isso faz parte de uma estratégia para ampliar nosso mercado na região Nordeste. Atualmente estamos concentrados no Sudeste e Centro Oeste e no Nordeste participamos com apenas 0,5%. Queremos ampliar nosso marketing share na região (fatia de mercado) para 15% a 20%. É uma meta forte e por isso estamos investindo em produção, com novas fábricas na Bahia e em Pernambuco e com uma estratégia de marketing. Fomos, então, procurados pela Arena Fonte Nova, que nos propôs um contrato de naming rights. Avaliamos a proposta por quatro meses e chegamos a conclusão que Arena Fonte Nova tem representatividade na Bahia, que é um dos principais mercados do Nordeste, e que seria interessante associar o nome da Itaipava ao um equipamento.



B.E: Qual o valor do contrato e por quanto tempo?

D.C: O valor do patrocínio será de R$ 10 milhões anuais, por um período de 10 anos renováveis por duas vezes.



B.E: Sabemos que uma estádio como a Arena Fonte Nova não se sustenta apenas com o futebol e que serão necessários shows e outros eventos. A Itaipava vai atrair eventos para a Arena Fonte Nova?

D.C: Como você disse o futebol sozinho não viabiliza economicamente a Arena, mas quero lembrar que no Nordeste e na Bahia o público médio por jogo é maior que no Sudeste, o que é uma vantagem. Mas com relação aos shows, a ideia é fazer uma parceria com o consórcio que administra a arena para viabilizar esses e outros eventos. A ideia é estruturar uma parceria para viabilizar economicamente o equipamento ao longo do tempo.



B.E: Os contratos de naming rights são novidade no Brasil. Qual a concepção da Itaipava sobre o projeto e que outras arenas empresa pode patrocinar?

D.C: Existe uma experiência no Paraná, mas entre os novos estádios a Arena Fonte Nova é pioneira. O que a Itaipava está fazendo, na verdade, é comprar um direito de construção do naming rights associado a Itaipava numa estratégia de fortalecer a marca. Isso passa por uma avaliação estratégica que não é simples. Por exemplo, em uma determina arena pode valer a pena pagar um preço mais alto, em outra área pode ser mais barato ou não ser interessante. Nesse momento estamos avaliando a possibilidade de patrocinar outras arenas, inclusive a de Pernambuco.



B.E: O contrato de patrocínio não inclui a Copa do Mundo e Copa das Confederações. Isso afeta a estratégia da Itaipava.

D.C: Não. Isso já estava previsto e nesses eventos até o nome da empresa será retirado. Mas isso já estava administrado e não afeta nossa estratégia que quem tem caráter mais local, que global.



B.E: E o fato de não ser permitido vender bebidas alcoólicas na Arena?

D.C: Essa é uma questão que será avaliada. Na maiorias das arenas ao redor do mundo a vendagem é liberada e na Copa do Mundo será vendida cerveja na Arena, inclusive de outra marca. Vamos esperar para ver como será o comportamento na Copa das Confederações para avaliar melhor. Já existe um movimento no sentido de rever essa lei, até porque em muitos casos o consumo fora do estádio pode gerar problemas até mais graves do que no estádio onde o torcedor é monitorado.



B.E: É verdade, aqui em Salvador se fala muito em “fazer a cabeça fora do estádio” e depois ver o jogo.

D.C: Pois é, e isso pode ser pior, trazendo problemas nos portões de entrada e no decorrer do espetáculo, ao passo que o consumo monitorado, num ambiente de diversão, e dentro de um padrão, que reprima os excessos pode ser melhor. Inclusive, o ministro Aldo Rabelo vem se mostrando favorável a rever essa questão.

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