Estado declara apoio a plantas que negociam com indústrias instaladas na região. Entre elas. Acciona, Alstom, Gamesa e Torrebras
O Estado da Bahia soma quase R$20 bilhões de investimentos em parques eólicos instalados e em fase de implantação.
O montante, revelado pelo secretário de Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, será anunciado na próxima semana pelo governo baiano. E as perspectivas, com a possibilidade de mais três certames para a fonte neste ano, são de que o volume de aportes aumente.
De acordo com o secretário, o Estado tem apoiado os parques que compram equipamentos de indústrias instaladas na região, com o acompanhamento de estudos para implantação, licenciamentos, transportes e até mesmo em sua instalação. “A Bahia não dá apoio a quem não compra aqui. Não temos nada contra, mas não é nossa prioridade e, com o volume de empreendimentos, nós temos que escolher a quem dar o apoio, é natural isso”, explicou James.
E esse apoio, segundo o secretário, teria sido um dos motivos que levou a Renova Energia a fechar contrato com a Alstom, no valor inicial de 450 milhões de euros, para uma capacidade instalada de 513MW. O contrato final chegará a 1 bilhão de euros para fornecimento, operação e manutenção de cerca de 440 turbinas eólicas.
James Correia revelou, ainda, que a negociação da Renova Energia estava sendo feita inicialmente com a GE, mas que com a demora da empresa em se pronunciar sobre a instalação de uma fábrica na região, a Renova acabou fechando contrato com a Alstom, que possui uma fábrica instalada no município de Camaçari, e que já estuda iniciar um terceiro turno de trabalho para atender a demanda por seus equipamentos.
Também estão instaladas na região a fábrica de hubs da espanhola Acciona Windpower – com capacidade de produção de 135 equipamentos por ano; de nacelles da também espanhola Gamesa – com 400MW de produção anuais, e a Torrebras, com capacidade de 220 torres ao ano e toda sua produção já vendida pelos próximos dois anos.
Uma nova fábrica da Gamesa deverá ser instalada em breve também na região, com investimento de R$100 milhões para aumentar a capacidade de produção e atender aos pedidos. A Andrade Gutierrez também está chegando no Estado e deverá ser construída na região de Caetité para incrementar a produção de torres de concreto do mercado baiano.
“Estamos negociando com algumas empresas para o aumento da contribuição do conteúdo local. Estamos trabalhando com empresas de torres, pás, hubs, para consolidar o setor no Estado e também a parte de eletrônica. Negociamos com escala, e temos certeza de que teremos um resultado positivo”, apontou Correia.
Novas regras para ICGs - O secretário revelou que o governador da Bahia, Jaques Wagner, tem participado de discussões muito importantes para o futuro da energia eólica no Estado, mostrando a preocupação com a possibilidade de se transferir para os geradores o risco ou a responsabilidade pela construção das conexões do parque com o sistema de transmissão.
Por isso, reuniões já foram realizadas com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Na próxima semana, um novo encontro está agendado com a presidente-executiva da Abeeólica, Elbia Melo. “Esse é um fator que prejudica muito o Estado, se tiver que colocar esse custo no gerador”, declarou Correia.
Fonte: Jornal da Energia
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