Se nada for feito, o desempenho da economia baiana em 2013 poderá ser inferior ao desempenho nacional. A Bahia está fortemente inserida na economia nacional, principalmente através dos setores industriais e exportadores, e, nessa área, vai refletir a tendência nacional.
No entanto, a seca, que atinge o semiárido e se constituí numa das piores da história, vai deprimir ainda mais a economia baiana, não tanto pelo impacto na produção, mas principalmente pelo impacto no consumo e na área de serviços.
A agropecuária baiana representa menos de 10% do PIB estadual, no entanto a queda na produção do setor, que já se vislumbra alarmante, terá desdobramentos negativos na área do emprego e do consumo.
Não vamos esquecer que o semiárido baiano ocupa 2/3 do estado e aí vivem mais de quatro milhões de pessoas. A depressão econômica que se verifica por causa da seca vai reduzir os níveis de consumo, afetando as vendas no comércio, e reduzir as encomendas no âmbito do setor serviços que responde por cerca de 63% do PIB estadual.
Por tudo isso, é fundamental que o governo do Estado amplie sua atuação no sentido de minorar os efeitos da seca sob o ponto de vista econômico.
Nessa área, além das medidas emergenciais que estão sendo adotadas, as medidas bancárias no âmbito do Desembanco e Banco do Nordeste são indispensáveis bem como uma ação tributária que desonere os produtores atingidos pela seca e maior pressão junto ao governo federal por novas medidas para minorar o problema.
O fato é que a economia baiana não vai bem e vai ficar pior se o combate aos efeitos da seca não for ampliado.
Armando Avena
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