Publicado em Bahiaeconômica
A linha de transmissão que levaria energia gerada no parque eólico da Renova Chapada Diamantina ainda não tem data para ficar pronta. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – (Chesf), que tem a responsabilidade de implantação dos sistemas de transmissão para escoamento de energia elétrica associado às instalações para conexão de parques eólicos (ICG) da Bahia dá muitas explicações, mas não define data para inaugurar a linha.
O projeto Alto Sertão I da empresa Renova entrou em operação em meados do ano passado, mas não tem linha para escoar a energia. A empresa espera que as linhas de transmissão que permitirão o escoamento da energia do seu parque eólico na Bahia fiquem prontas até o fim desse ano para começar a fazer o comissionamento das máquinas. O prazo inicial para a entrada em operação da ICG era maio de 2012.
Em contato com o Bahia Econômica, a empresa esclareceu que o processo para a implantação destes empreendimentos de transmissão apresentou uma série de falhas e dificuldades, dentre as quais destaca-se que os Leilões das linhas foram realizados próximos dos Leilões de energia eólica, sem o tempo adequado para a implantação dos empreendimentos, e realizados sem Licença Prévia, diferentemente dos Leilões de geração.
Segundo a Chesf, verificou-se também uma incompatibilidade dos tempos reais com os definidos nos Leilões de Transmissão, que não consideraram as exigências dos órgãos ambientais e do IPHAN no licenciamento ambiental. As soluções apresentadas nos editais dos Leilões de Transmissão foram distantes da realidade vivenciada em campo.
Além disso, lterações dos traçados das linhas de transmissão e mudança de localização de subestações foram necessárias para garantir a viabilidade ambiental dos empreendimentos (mina de ouro no traçado da LT Paraíso/Lagoa Nova não prevista no edital, avaliada em mais de um bilhão de reais).
Além disso, lterações dos traçados das linhas de transmissão e mudança de localização de subestações foram necessárias para garantir a viabilidade ambiental dos empreendimentos (mina de ouro no traçado da LT Paraíso/Lagoa Nova não prevista no edital, avaliada em mais de um bilhão de reais).
A Companhia ressaltou que as linhas de transmissão atingem um número significativo de propriedades. Na região Nordeste os pequenos proprietários de terras, por fatores econômicos e até culturais, não regularizam suas terras, dificultando atender a exigência de regularização fundiária no processo de licenciamento ambiental.
A Chesf afirma ainda que teve dificuldade na obtenção das Declarações de Utilidade Pública dos empreendimentos, utilizadas neste processo. O procedimento e prazos estabelecidos nos Leilões levam o empreendedor a assumir todo o risco, considerando as exigências e as demoras imprevisíveis e fora de seu controle.
A Chesf afirma ainda que teve dificuldade na obtenção das Declarações de Utilidade Pública dos empreendimentos, utilizadas neste processo. O procedimento e prazos estabelecidos nos Leilões levam o empreendedor a assumir todo o risco, considerando as exigências e as demoras imprevisíveis e fora de seu controle.
A empresa diz ainda que tem adotado uma série de ações internas visando minimizar os atrasos através da adequação de procedimentos, melhorias nas estruturas de gestão e controle, adoção de novas tecnologias, como o laser na elaboração do traçado de linha de transmissão e intensificação nas interações com os governos estaduais, órgãos ambientais e do patrimônio histórico-arqueológico IPHAN, para amenizar os transtornos causados pelos problemas de transmissão.
Maiara Lopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário