Durante o Seminário da Ferrovia Oeste Leste (Fiol), realizado em Barreiras nesta sexta-feira (26), foi entregue ao ministro dos Transportes César Borges a “Carta de Barreiras Fiol: A Bahia quer, o Brasil precisa”, contendo os pontos cruciais para a obra entrar nos trilhos. Dentre eles, destaca-se a definição imediata sobre as localizações dos pátios intermodais que deverão ser implantados no percurso da ferrovia.
Para a deputada Ivana Bastos (PSD), presidente da Comissão Especial da Assembleia Legislativa, que participou da organização do evento, é preciso que além das cidades de Barreiras/São Desidério, Caetité, Brumado/Tanhaçu e Ilhéus, para as quais já estão previstas unidades modais, sejam também implantados pátios nos municípios de Jequié, Guanambi e Bom Jesus da Lapa.
Outros pontos reivindicados no documento, foram a contratação imediata do consórcio que executará as obras do lote 1 (Ilhéus); liberação imediata das obras do Lote 5 (Guanambi) e 5A (ponte sobre o Rio São Francisco); concessão das Licenças Ambientais dos Lotes 6 (Correntina) e 7 (Barreiras); a elaboração de estudos de alteração do traçado da ferrovia, ligando Correntina à cidade de Campinorte, no entroncamento com a FICO; concessão da Licença de Exploração da Lavra das minas de Caetité, para a Bahia Mineração (Bamin), dentre outros.
Borges afirmou que até agosto de 2013 pretende ter todos esses gargalos resolvidos, de modo que a ferrovia recupere a plena retomada das obras ainda este ano. Com isso, o Ministério anunciou que a resolução das pendências citadas determinará gastos de R$ 1 bilhão com a ferrovia em 2013, contra os pouco mais de R$ 170 milhões executados em 2012.
O Seminário contou com a presença de mais de duas mil pessoas. Segundo Ivana, a mobilização refletiu a decisão política da Bahia de que 2013 é o ano da Fiol
FIOL: PARA DESTRAVAR A FERROVIA É PRECISO DESTRAVAR O PROCESSO EM VÁRIOS ORGÃOS
No seminário Fiol: a Bahia Quer, o Brasil Precisa, realizado quinta e sexta-feira em Barreiras, ficou muito claro o que está faltando para a aceleração das obras da ferrovia Oeste-Leste.
Na verdade, dos dez lotes iniciados em 2010, apenas um está em obras. No trecho entre Ilhéus e Caetité apenas 13,2% das obras estão concluídas. Nessa área as desapropriações superam os 80%.
O trecho Caetité-Barreiras não avançou e as obras estão suspensas por conta de parecer do TCU e restrições do Ibama. Entre Correntina e Barreiras foram encontradas cavernas, o que vai demandar monitoramento do impacto do som para que as licenças ambientais sejam liberadas. Nessa área apenas 30% das desapropriações foram concluídas.
Ficou patente no Seminário realizado em Barreiras que para destravar as obras da ferrovia será necessário gestões políticas e administrativas em várias instituicões, a exemplo da Valec, Ibama, TCU e outras.
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