segunda-feira, 29 de abril de 2013

Seminário debate as obras da FIOL

 
Evento reuniu representantes dos governos estadual e federal e discutiu retomada dos trabalhos
Para dinamizar o escoamento da produção de grãos e minérios da Bahia, a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) vai permitir a ligação entre o oeste do estado, na divisa com o Tocantins, ao Porto Sul, em Ilhéus. Dentro do Plano de Aceleração de Crescimento (PAC), a ferrovia de 1.527 quilômetros de extensão envolve investimento estimado em R$ 7,43 bilhões, até 2014.
A retomada de parte das obras, paralisadas em decorrência de problemas técnicos e ambientais, foi tema do seminário ‘Fiol – a Bahia quer, o Brasil precisa’, realizado ontem, no município de Barreiras, na região, com a presença do governador Jaques Wagner, do vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, além dos ministros César Borges (Transportes) e José Leônidas de Menezes Cristino (Portos).
Wagner afirmou que a ferrovia é muito importante, não apenas para escoar a produção, mas para transportar insumos e fertilizantes até a região oeste. Ele destacou, ainda, a aceleração do desenvolvimento, impactando diretamente na economia de 140 municípios baianos. "A ferrovia dá mais competitividade a toda a área plantada, exatamente porque é uma logística mais barata, menos poluente, e eu espero que, até o final de 2014, estejamos entregando a obra."
Mineração – A construção está sendo retomada em diversos trechos, com novas licitações, atendimento de exigências ambientais, conclusão de projetos executivos e desapropriação de áreas. As providências contemplam o trecho de 536 quilômetros entre Ilhéus e Caetité, fundamental para o escoamento da mineração.
"Existem problemas do ponto de vista ambiental e do traçado, que podem ser resolvidos com estudos adequados", disse o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-BA), Marco Amigo. De acordo com o ministro César Borges, estudos técnicos já foram feitos para equacionar as pendências que atrapalham o andamento das obras. "Estamos refazendo o projeto executivo, o que permite, no cronograma atual, a entrega até o próximo ano."
Fiol vai reduzir os custos com transporte
Atualmente, o transporte da produção de soja da região de Barreiras é feito em caminhões. Veículos pesados trafegam por rodovias como a BR-242, que corta a cidade, ocasionando diversos transtornos para a população local. "Os caminhões são muito pesados, atrapalham o trânsito e aumentam o risco de atropelamentos", disse o mototaxista Manoel Barbosa.
Partindo de Figueirópolis (TO), a Fiol ligará as cidades de Barreiras, Caetité e Ilhéus. No total, a ferrovia passa por 49 municípios baianos. Além do desenvolvimento dos dois estados, a integração com a ferrovia Norte-Sul interligará o Norte (Tocantins e Maranhão), o Centro (Goiás) e o Nordeste (Bahia), oferecendo uma nova alternativa de logística para portos no norte do país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás.
Os produtores calculam em 30% a redução nos custos com transporte via Fiol. "Hoje, para exportar grãos, percorremos mais de mil quilômetros de caminhão", afirmou o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Busato.

Fonte: Diário Oficial

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