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A ausência na pauta de votações da Assembleia Legislativa, do projeto de aumento dos salários dos servidores estaduais, virou item de desgaste para o governo, que promete contornar a situação nos próximos dias.
A data base para a elevação salarial do funcionalismo público é 1º de janeiro, mas até o momento não há previsão de quando a matéria será enviada para a Casa Legislativa. nessa quinta-feira (18/4) representantes do governo teriam passado o dia em clima de negociação a fim de encontrar uma saída para apresentar uma proposta. Ao final, eles preferiram aguardar uma posição do governador Jaques Wagner (PT), que só deve voltar de viagem amanhã.
O líder do governo, deputado Zé Neto (PT), procurou amenizar as cobranças. Segundo ele, a gestão estaria em fase de estudos técnicos sobre a demanda. “Neste momento está todo mundo enfronhado para ver as possibilidades, perspectivas”, disse, explicando que os 26 estados brasileiros passam por situação semelhante em seus orçamentos, sendo que apenas três enviaram propostas para os Legislativos estaduais, com valores abaixo da inflação.
“Não tem ninguém com conta folgada agora. Estamos assistindo um pouco cenário e apostando na continuidade do que vínhamos fazendo que é valorizar o funcionalismo”, disse. O petista contou que nessa quinta-feira (18/4) avançou no diálogo com os fazendários de Feira de Santana. “É muito possível uma ampliação da negociação com eles que respeitamos muito. Estamos em um esforço grande para encontrarmos uma saída”, frisou.
Segundo Zé Neto, a administração avalia o impacto do aumento, além disso, precisa cumprir os acordos com as categorias. “Quando você dá reajuste na carreira, isso vai para o custo de pessoal, que é o grande entrave para um posicionamento mais tranquilo do governo. Estamos no limite e precisamos ter cuidado porque vamos fazer concursos públicos”, avaliou.
O líder da bancada de oposição, Elmar Nascimento (PR), voltou a direcionar críticas sobre o tema. Ele citou o fato de as classes de servidores ainda não terem protestado. “É de se estranhar a falta de movimentação dos sindicatos que até agora não fizeram nenhuma movimentação”, frisou. O republicano ressaltou, entretanto que a minoria na Assembleia tem buscado “fazer o seu papel”. “Temos cobrado o tempo todo, mas o projeto é de iniciativa do Executivo por isso temos que aguardar o governador”.
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