A "última fronteira agrícola" do país - a porção de Cerrado que engloba ainda o oeste da Bahia, o sul do Maranhão, a parte leste do Tocantins e o cerrado do Piauí, conhecida pelo acrônimo "Mapitoba" pode dar um enorme salto nos próximos anos se forem concluídas as obras de infraestrutura que estão sendo tocadas para o escoamento da produção.
Reportagem do jornal Valor Econômico avalia o potencial essa região, cuja ocupação estaá baseada em grande empresas, e que tem uma vantagem comparativa em relação ao Mato Grosso do Sul, hoje o maior produtor de soja do país.
Segundo a reportagem, os produtores de grãos do cerrado nordestino estão quase mil quilômetros mais próximos dos portos - de Itaqui (MA) e Aratu (BA) - do que os de Mato Grosso, a quase 2 mil km do porto de Santos (SP).
E essa a logística deve dar um salto nos próximos anos. Obras como a ferrovia Transnordestina, ligando o município de Elizeu Martins (PI) ao Porto de Suape (PE), a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), ligando Barreiras (BA) a Ilhéus (BA) e a construção de um novo terminal de grãos no porto de Itaqui (MA) vão aumentar de maneira significativa a capacidade de escoamento da produção na região.
Atualmente quem impulsiona o crescimento nessa região são grandes empresas de capital aberto, a exemplo da Agrifirma - fundada em fevereiro de 2008 com o apoio dos financistas britânicos Lord Rothschild e Jim Slater e que controla quase 70 mil hectares de terra agricultável na Bahia - e da Agrinvest do Brasil.
De acordo com levantamento do Valor, dez companhias com esse perfil já controlam (por meio de aquisições e arrendamentos) uma área agricultável superior a 1 milhão de hectares no "Mapitoba". Entre elas estão SLC Agrícola, Vanguarda Agro e Brasilagro, que negociam ações na BM&FBovespa, além de Insolo (empresa controlada pela família Ioschpe), Agrinvest, Ceagro (holding controlada pelo grupo argentino Los Grobo), Tiba Agro, Agrifirma e XinguAgri (subsidiária da trading Multigrain).
Empresas como a Tiba Agro, controlada pela gestora de investimentos Vision Brazil Investments, que tem cerca de 210 mil hectares no "Mapitoba" e planeja alcançar até 2018 a marca de 40 mil hectares plantados no Estado, além de outros 60 mil no Maranhão e na Bahia. E como a a SLC, uma das maiores produtoras de grãos e algodão do país, que tem quase 250 mil hectares entre fazendas próprias e arrendadas no Piauí, Maranhão e Bahia - das quais 150 mil cultivados
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