Encontro pretende formular políticas com diretrizes, ações e instrumentos que possibilitem a atração de empresas
Com foco no polo Maragogipe-São Roque, Salvador sedia o primeiro workshop regional do Plano de Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais (APLs) para o setor de Petróleo, Gás e Naval (P, G e N)
Nesta terça-feira (03.04), no auditório da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), no CAB, o evento teve como tema principal o Estaleiro do Paraguaçu.
Amanhã (04.04), o workshop prossegue na sede da Fieb, no Stiep, onde serão discutidas a situação atual do setor de petróleo, gás e naval no estado e definidas as ações e os prazos para execução do Plano de Ação do APL.
Com a participação de dirigentes dos governos federal, estadual e municipal (Maragogipe), além de representantes da indústria, o evento pretende formular políticas com diretrizes, ações e instrumentos que possibilitem a atração de instituições e empresas públicas e privadas para o adensamento e fortalecimento da cadeia de fornecedores do setor de P, G, e N.
Localizado a 140 quilômetros da capital, o município de Maragogipe abriga o canteiro da Petrobras – onde são construídas plataformas da empresa – e o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, empreendimento tocado pelas empresas baianas Odebrecht e OAS, a carioca UTC e a japonesa Kawasaki, que deve iniciar a produção de navios-sonda já no próximo ano.
O superintendente de Indústria e Mineração da SICM, Rafael Valverde, revelou que, com a implantação do Estaleiro do Paraguaçu, a Bahia se transformará no maior parque de construção naval do Nordeste. “Além do estaleiro, esse parque será formado pelo canteiro da Petrobras, em São Roque, e pelo futuro canteiro de módulos de Aratu”, disse.
Regiões precursoras - De acordo com Heloísa Menezes, secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Plano de Desenvolvimento de APLs para o setor tem como meta a implantação, em até um ano e meio, de seis grandes fornecedores-âncora em torno de cada uma das cinco regiões precursoras já definidas pelo governo federal.
“Essas regiões são Rio Grande-São José do Norte (RS), Ipatinga-Vale do Aço (MG), Ipojuca-Suape Global (PE), Itaboraí-Conleste (RJ) e Maragogipe-São Roque (BA). Seriam APLs nas áreas de mecânica, automação industrial, eletricidade e calderaria, entre outros segmentos”, diz Heloísa.
Segundo o coordenador da Área de Energia da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o primeiro passo desse trabalho será a elaboração de uma política de mobilização e desenvolvimento do arranjo produtivo local. "Vamos conhecer as ações que já estão em curso na Bahia, identificar como e onde o projeto poderá contribuir mais, bem como delimitar os objetivos do pólo produtivo e reunir indicações dos prováveis integrantes da sua governança", afirmou
A ABDI é executora do plano, juntamente com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e a Petrobras.
O Plano de Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais para o Setor de Petróleo, Gás e Naval foi lançado em fevereiro, no âmbito do Plano Brasil Maior e do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp),
Entre os participantes do evento estão representantes do MDIC, SICM, ABDI, Petrobras, BNDES, Ministério de Minas e Energia (MME), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sebrae Nacional, e Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).
O que são APLs?
Os APLs são aglomerações de empreendimentos de uma mesma atividade produtiva em determinada região geográfica. Geralmente suas empresas apresentam vínculos de articulação, cooperação e aprendizagem entre si. A interação também é realizada com organizações locais, como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa etc., com o objetivo de buscar o desenvolvimento do setor naquela região.
Fonte: SICM
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