A indicação do ex governador César Borges para o Ministério dos Transportes pode ser a chave para a resolução de boa parte do problema logístico da Bahia, hoje um dos maiores entraves ao pleno desenvolvimento estadual.
Um dos mais importantes ministérios da administração pública, o Ministério dos Transporte tem responsabilidade direta, entre outras, sobre o PAC, sobre as rodovias e ferrovias brasileiras.
Em 2012, o orçamento total da pasta foi de R$ 21,9 bilhões, sendo que para o PAC foram reservados R$ 19,8 bilhões. Subordinados à pasta de Transporte estão instituições como o Dnit –Departamento Nacional de Infraestrutura de transporte, a ANTT – Agencia Nacional de Transportes Terrestres e empresas como a Valec, responsável pela implantação da Ferrovia Oeste-Leste, e a EPL – Empresa de Planejamento e Logística S.A. responsável por gerenciar o novo pacote de concessões para incentivar investimentos na infraestrutura do país.
Só para se ter uma ideia dos montantes envolvidos, a primeira fase do chamado Programa de Investimentos em Logística prevê a aplicação de R$ 133 bilhões na reforma e construção de rodovias federais e ferrovias.
É preciso que se diga que o atual ministro, Paulo Sérgio Passos, vinha realizando uma boas gestão, mas à sua visão técnica, já que deverá permanecer no ministério, alia-se agora a sensibilidade política do ex governador César Borges, cuja capacidade administrativa e a defesa dos interesses da Bahia já foram provados em várias oportunidades.
Se destravar o nó logístico, a Bahia se tornará um dos maiores locus de investimentos do país e a ida de César Borges para o principal ministério da área traz a esperança de que os investimentos deslanchem.
Armando Avena
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