
Conforme anunciado neste Portal na semana passada, o Oeste da Bahia tem localização relativamente privilegiada para escoamento da safra de grãos vis-à-vis o Mato Grosso, que dista quase 2 mil quilômetros do porto de Santos ante cerca da metade do Oeste para os portos baianos.
Essa informação, já ressaltada há bastante tempo por alguns economistas baianos,representa efetivamente uma grande vantagem, em face da redução dos fretes em cerca de 30%. Não obstante,os entraves logísticos do País, agravados pela lentidão na construção de importantes obras, como as ferrovias FIOL, a TRANSNORDESTINA e a NORTE-SUL, começam a dificultar sobremodo o escoamento da safra e podem, daqui por diante, condicionar a expansão do agronegócio, que até aqui cresce continua e expressivamente.
Além de não prescindir da conclusão dessas obras, uma forma complementar de melhorar o planejamento e o escoamento da produção ao longo do ano, consiste na construção de armazéns, inclusive nas propriedades rurais. Hoje,a capacidade estática de armazenagem está defasada em cerca de 35% face ao volume da produção nacional, sendo que o recomendado é a instalação de uma capacidade equivalente a 120% desta, segundo dados da última edição da Revista Exame. Impõe-se, portanto,a alocação de recursos nos bancos para financiamentos a taxas menores e prazos maiores que os atualmente praticados.
Agora que temos um político baiano no comando do Ministério dos Transportes,o ex-governador César Borges, não podemos deixar de ter esperanças no equacionamento dessas questões cruciais para a logística de escoamento necessária ao desenvolvimento do agronegócio baiano e brasileiro.
José Maciel dos Santos Filho
jose.macielsantos@hotmail.com
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