quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Postado pela SICM

07 novembro 2013

Parceria com Alstom garante competitividade da Renova no A-3

Quem vender no leilão A-3 tem a obrigação de entregar energia em janeiro de 2016. O fato impõe uma nova demanda de equipamentos

Não há falta de máquinas para a Renova, afirmou o presidente da empresa Mathias Becker, ao conversar com jornalistas nesta quarta-feira (6.11), em teleconferência para apresentação dos resultados financeiros do terceiro trimestre.

O executivo reconheceu que o mercado não conta com uma oferta abundante de equipamentos eólicos para os próximos dois anos, mas o fato parece não preocupar a empresa, que tem uma parceria bilionária para fornecimento de equipamentos com a francesa Alstom.

“Vemos uma oportunidade boa para a Renova. Temos um contrato que nos permite ter uma garantia de fornecimento de máquinas, há um preço já negociado”, admitiu Becker.

A carência de máquinas impõe mais um desafio para os investidores no próximo leilão A-3, marcado para 18 de novembro. Segundo Becker, a capacidade produtiva do parque fabril brasileiro é de aproximadamente 3GW ano de potência. No entanto, a indústria já se comprometeu a fornecer para projetos de leilões anteriores, como o LER 2013, ocorrido em agosto, que viabilizou 1,5GW em parques eólicos. Essas usinas precisam entrar em operação em setembro de 2015.

Quem vender no A-3 tem a obrigação de entregar energia em janeiro de 2016. Isso impõe uma nova demanda de equipamentos para os próximos dois anos. O gargalo seria menor se os fabricantes pudessem fornecer equipamentos importados de suas unidades no exterior. Mas a questão esbarra na financiabilidade dos projetos, que para receberem respaldo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social precisam apresentar um nível mínimo de conteúdo local.

Essa questão dos equipamentos, porém, é só um dos desafios que os investidores precisam equalizar antes de "bidarem" no A-3. As empresas precisam planejar cuidadosamente a construção das usinas, pois o tempo de execução das obras é considerado apertado pelos empreendedores.

Soma-se a isso o fato de que o vencedor do A-3 terá que assumir o risco da transmissão. Ou seja, se não tiver linha para escoar a energia do parque eólico, o gerador terá que arcar com o ônus do contrato.

Para o próximo A-3, 15GW de eólicas foram cadastrados. O preço teto foi fixado pelo governo em R$126,00/MWh, o que favorece os empreendimentos eólicos. Além do A-3, haverá um leilão A-5, no dia 13 de dezembro. Mais de 16,4GW eólicos foram cadastrados. Porém, nesse leilão os investidores têm mais tempo para desenvolver seus projetos, que precisam entrar em operação em 2018.

No Leilão de Energia de Reserva de agosto (LER2013), a Renova viabilizou 159MW de potência, o que representa a venda de 73,7MW médios. Com a comercialização no LER 2013, a Renova tem capacidade instalada contratada de 1.449,4MW, sendo 1.407,60MW de energia eólica e 41,8MW de PCHs, comercializada nos ambientes regulado e livre.


Fonte: Jornal da energia

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