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As embarcações gregas adquiridas este
mês pelo governo do estado dobrarão a capacidade de transporte de carros na Baía
de Todos os Santos |
Sim, o assunto é o
ferry-boat. As duas embarcações gregas adquiridas este mês pelo governo do
estado dobrarão a capacidade de transporte de carros e aumentarão em 75% a de
passageiros.
Um dos ferries adquiridos tem capacidade para transportar 212 carros; o
outro, 168. Para se ter uma ideia, hoje as embarcações em operação no sistema
com maior capacidade de veículos são Agenor Gordilho e Juracy Magalhães Jr., que
transportam 90 carros. Somados, os dois gregos transportam 380 veículos - mais
do que os cinco ferries que operam hoje juntos .
Hoje o sistema conta com cinco embarcações operando e sete no total (duas em
manutenção), que têm período de uso entre 1972 e 2008.
Tempo
Os barcos gregos devem chegar no mês de fevereiro, mas sem data exata. “Eles
virão por alto-mar, então é difícil determinar uma data”, diz o vice-governador
e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar.
E quando chegarem devem mudar a rotina de quem precisa do serviço, que
deixará de ter intervalos a cada hora para partidas a cada meia hora.
Ou seja, além de aumentar a capacidade, o governo promete também reduzir o
tempo de viagem e de espera. Enquanto hoje o Ana Nery e Ivete fazem o trajeto em
45 minutos (as demais embarcações podem chegar a mais de uma hora), a estimativa
é que os barcos novos façam o percurso em 35 minutos. O tempo de embarque e
desembarque também deve diminuir, já que as novas embarcações têm saída para os
dois lados, o que evita manobras. “Do jeito que a embarcação sai daqui (de
Salvador) chega (em Vera Cruz) e desembarca pelo outro lado”, explica o diretor
executivo da Agência Estadual de Serviços Públicos de Transporte (Agerba),
Eduardo Pessôa.
Conforto
Essas também prometem ser as embarcações mais confortáveis da frota. Os
barcos gregos possuem áreas internas acolchoadas, grandes sofás e amplos espaços
para cozinha. Eduardo conta ainda que há outras tecnologias nesses novos barcos
que não existem na atual frota, como um Sonar de profundidade (equipamento que
ajuda na navegabilidade), além de operação por Joystick (ferramenta similar à
usada em videogames). “Hoje é um sistema antigo de maçanetas”, conta Pessôa.
Os barcos adquiridos têm hoje nomes de Theologos V e Panagiotis. Dr. Otto
sugere que aqui sejam rebatizados para Jorge Amado e Dorival Caymmi, mas diz que
a decisão final não é dele. “É o governador (Jaques Wagner) que vai decidir”,
avisa.
Operação
O início da operação dos novos ferries depende de uma obra de adaptação
dos dois atracadouros em Salvador e em Vera Cruz, estimada em R$ 9,9 milhões,
cuja licitação está em fase de homologação. As obras são de responsabilidade do
Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba), que garante a
conclusão das obras em fevereiro.
Otto Alencar explica que a decisão pela compra no exterior foi o fato de não
encontrar embarcações novas no país e considerar o tempo de construção de uma
nova embarcação: “Em média, dois anos (para construir), mas a nossa necessidade
era para ontem. Estamos com um time de futebol com 11 jogadores e sem ninguém no
banco”, diz Otto. O serviço é administrado pela Internacional Marítima desde
março deste ano, quando recebeu uma licença provisória, após o sistema passar
por um período de intervenção do governo de setembro de 2012 a março deste ano.
Para Alencar, quem ganhar a concessão para operar definitivamente o sistema não
poderá se queixar mais da deficiência de ferries. “Com toda a sinceridade posso
dizer que esses dois novos ferries não vão amenizar, mas resolver o problema que
temos hoje”, garante Otto.
Fonte: Caderno Mobilidade.
Correio da Bahia. (Alexandro Mota) alexandro.mota@redebahia.com.br .
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