segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Novos ferries vão aumentar capacidade em 75%




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As embarcações gregas adquiridas este mês pelo governo do estado dobrarão a capacidade de transporte de carros na Baía de Todos os Santos

Sim, o assunto é o ferry-boat. As duas embarcações gregas adquiridas este mês pelo governo do estado dobrarão a capacidade de transporte de carros e aumentarão em 75% a de passageiros. Um dos ferries adquiridos tem capacidade para transportar 212 carros; o outro, 168. Para se ter uma ideia, hoje as embarcações em operação no sistema com maior capacidade de veículos são Agenor Gordilho e Juracy Magalhães Jr., que transportam 90 carros. Somados, os dois gregos transportam 380 veículos - mais do que os cinco ferries que operam hoje juntos .
Hoje o sistema conta com cinco embarcações operando e sete no total (duas em manutenção), que têm período de uso entre 1972 e 2008.
Tempo
Os barcos gregos devem chegar no mês de fevereiro, mas sem data exata. “Eles virão por alto-mar, então é difícil determinar uma data”, diz o vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar.
E quando chegarem devem mudar a rotina de quem precisa do serviço, que deixará de ter intervalos a cada hora para partidas a cada meia hora.
Ou seja, além de aumentar a capacidade, o governo promete também reduzir o tempo de viagem e de espera. Enquanto hoje o Ana Nery e Ivete fazem o trajeto em 45 minutos (as demais embarcações podem chegar a mais de uma hora), a estimativa é que os barcos novos façam o percurso em 35 minutos. O tempo de embarque e desembarque também deve diminuir, já que as novas embarcações têm saída para os dois lados, o que evita manobras. “Do jeito que a embarcação sai daqui (de Salvador) chega (em Vera Cruz) e desembarca pelo outro lado”, explica o diretor executivo da Agência Estadual de Serviços Públicos de Transporte (Agerba), Eduardo Pessôa.
Conforto
Essas também prometem ser as embarcações mais confortáveis da frota. Os barcos gregos possuem áreas internas acolchoadas, grandes sofás e amplos espaços para cozinha. Eduardo conta ainda que há outras tecnologias nesses novos barcos que não existem na atual frota, como um Sonar de profundidade (equipamento que ajuda na navegabilidade), além de operação por Joystick (ferramenta similar à usada em videogames). “Hoje é um sistema antigo de maçanetas”, conta Pessôa.
Os barcos adquiridos têm hoje nomes de Theologos V e Panagiotis. Dr. Otto sugere que aqui sejam rebatizados para Jorge Amado e Dorival Caymmi, mas diz que a decisão final não é dele. “É o governador (Jaques Wagner) que vai decidir”, avisa.
Operação
O início da operação dos novos ferries depende de uma obra de adaptação dos dois atracadouros em Salvador e em Vera Cruz, estimada em R$ 9,9 milhões, cuja licitação está em fase de homologação. As obras são de responsabilidade do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba), que garante a conclusão das obras em fevereiro.
Otto Alencar explica que a decisão pela compra no exterior foi o fato de não encontrar embarcações novas no país e considerar o tempo de construção de uma nova embarcação: “Em média, dois anos (para construir), mas a nossa necessidade era para ontem. Estamos com um time de futebol com 11 jogadores e sem ninguém no banco”, diz Otto. O serviço é administrado pela Internacional Marítima desde março deste ano, quando recebeu uma licença provisória, após o sistema passar por um período de intervenção do governo de setembro de 2012 a março deste ano. Para Alencar, quem ganhar a concessão para operar definitivamente o sistema não poderá se queixar mais da deficiência de ferries. “Com toda a sinceridade posso dizer que esses dois novos ferries não vão amenizar, mas resolver o problema que temos hoje”, garante Otto.
Fonte: Caderno Mobilidade.
Correio da Bahia. (Alexandro Mota) alexandro.mota@redebahia.com.br .

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