Projetos estão localizados em região chamada de "mina de ouro", por possuir potencial semelhante ao da UHE Belo Monte
A Renova Energia participará do leilão de reserva, que será realizado no dia 23 de agosto, com cerca de 425MW em projetos habilitados. Segundo a companhia, os empreendimentos estão localizados na Bahia, na região a qual denomina de “mina de ouro” – composta por Caetité, Guanambi e Igaporã - por ter um potencial equivalente à hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW).
“Evidentemente esperamos um cenário competitivo, e nos preparamos para isso”, apontou Mathias Becker, diretor-presidente da Renova, durante teleconferência com a imprensa nesta terça-feira (13.08).
Becker também informou que a companhia entrou com pedido de concatenação na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) referente à entrada em operação dos parques eólicos do Complexo Alto Sertão II, do leilão de energia de reserva de 2010, previstos para entrarem em operação a partir de setembro deste ano.
Segundo ele, o pedido foi feito devido à opção de alteração do ponto de conexão para escoamento da energia dos empreendimentos, decidida ainda em 2012 pela Renova por conta de restrições ambientais e uma otimização da produção frente ao capex.
“Nós acabamos mudando o ponto de conexão e perdermos a garantia de início de contrato e de recebimento de receita. Agora temos trabalhado em conjunto com a Chesf naquilo que é possível para fazermos as obras (de conexão) avançarem da forma mais rápida possível para Igaporã II, onde conectamos tanto os projetos do leilão de energia de reserva de 2009, quanto de 2010, e isso está previsto para acontecer entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014”.
Além disso, segundo Mathias Becker, quando a decisão foi tomada não se esperada um atraso tão grande quanto o que tem ocorrido. “Quando tomamos a decisão já imaginávamos que pudesse ter um atraso, mas não tanto quanto temos visto”.
Como a questão ainda não entrou na pauta da diretoria da agência reguladora, a Renova Energia entrou com uma medida cautelar garantindo a postergação do contrato de início da geração de 1º de setembro de 2013 para 30 dias após a Chesf concluir a obra - sendo que a empresa utilizará esse período após conclusão para o comissionamento das máquinas e efetiva geração.
“Entramos com medida cautelar para que a partir de 1º de setembro ficasse suspensa todas as ações referentes ao segmento das receitas, até que fosse tomada uma decisão definitiva pela Aneel”. Assim, com a ação, está descartada a recomposição do lastro da energia.
A empresa também não descarta um estudo conjunto com a Chesf e o Operador Nacional do Sistema (ONS) para utilizar a infraestrutura desses empreendimentos e iniciar o escoamento da produção de alguns parques do leilão de reserva de 2011.
Fonte: Jornal da Energia
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