terça-feira, 20 de agosto de 2013

Empresa concorre sozinha e se habilita na licitação para metrô

Patrícia França

  • Margarida Neide | Agência A TARDE
    Nesta quarta, 22, será feita abertura da proposta econômica para o sistema metroviário de Salvador
Uma única empresa, a Companhia de Participações em Concessões (CPC) apresentou proposta, e foi habilitada, na licitação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, realizada, nesta segunda-feira, 20, na sede da BM&F Bovespa, em São Paulo. Nesta quarta, 21, na Bovespa, será feita a abertura da proposta econômica.
A empresa, controlada pelo Grupo Companhia de Concessão Rodoviária (CCR), liderou, em 2006, o consórcio vencedor da primeira licitação Parceria Público Privada (PPP) do País, para a operação e manutenção da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo. Mais de 500 mil pessoas utilizam a linha diariamente.
O edital na modalidade de PPP, lançado em maio pelo governo baiano, prevê um investimento de R$ 3,680 bilhões na complementação da Linha 1 até Pirajá e a implantação da Linha 2- Bonocô até Lauro de Freitas, além da operação de todo o sistema por um período de 30 anos.
Caberá ao governo federal entrar com R$ 1,283 bilhões na PPP, o governo da Bahia com R$ 1 bilhão, ficando a empresa vencedora responsável por bancar a diferença.
Após a conclusão do metrô e a sua entrada em operação, o estado ainda fará, nos 30 anos de concessão, um aporte financeiro anual de R$ 143 milhões, destinado basicamente a três coisas: garantir a taxa de 8% de retorno sobre o investimento privado, remunerar a operação do sistema (energia, manutenção, etc) e subsidiar o valor da tarifa a ser cobrado dos usuários do metrô.
Consta no edital que o passageiro que tomar o metrô diretamente nas estações pagará um tíquete de R$ 3,10. Já quem utilizar o bilhete integrado (um ou mais ônibus até a estação metroviária) vai pagar   mais, R$ 3,90.
O secretário da Casa Civil da Bahia, Rui Costa, disse que o governo ficou satisfeito com a habilitação da CPC, por se tratar de um dos maiores conglomerados privados do País dos segmentos de concessões de rodovias, inspeção veicular, transporte de passageiros sobre trilhos e meios eletrônicos de pagamento.
"Nossa exigência não é apenas para construir o metrô, mas ter experiência para operar o sistema e prestar um bom serviço", ressaltou Costa. "É isso que vai garantir a rentabilidade do negócio".
  
As empresas que desistiram da disputa foram a Invepar, que administra o Metrô do Rio, a Construtora Queiroz Galvão, que iria se associar a um operador do metrô de Lisboa, e a UTC/Constran engenharia, que teria como sócio um operador de metroviário da Itália.    

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