Aposentados protestam em Salvador contra mudança no fator previdenciário
por Rivânia Nascimento - publicado Tribuna da Bahia
Em adesão à mobilização Nacional pelo fim do Fator Previdenciário,
fórmula que reduz o valor das aposentadorias em até 40%, idosos e representantes
da categoria realizaram nessa terça-feira (13/8) uma manifestação em frente à
superintendência do INSS, no bairro de Brotas. Organizado pelo Sindicato
Nacional dos Aposentados, o protesto se repetiu em 19 estados brasileiros.
De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados
Nilson Bahia, o ato é para fortalecer a luta nacional pelos direitos dos
aposentados, principalmente no que diz respeito à recuperação do poder de compra e aumento real dos
benefícios. A categoria pede ainda melhorias no setor da saúde e na forma como
os aposentados são tratados nas agências do INSS. “Estamos na luta contra o
fator previdenciário, que reduz para os que se aposentam até 40% dos benefícios,
e por mudanças no setor de saúde para que os aposentados sejam tratados com
dignidade”, declarou Nilson Bahia.
Ele destaca ainda que na Bahia exista atualmente cerca de um milhão e
setecentos mil aposentados e pensionistas, destes 800 mil tiveram seus salários
achatados por ganharem acima do mínimo já que o reajuste é feito com base na
inflação e não no salário mínimo como deseja a classe. Nos anos de 2010 e 2011,
aqueles que recebem salário mínimo tiveram reajuste de 11% e os benefícios acima deste valor, 5,7%. Entre 2011 e 2012, o
salário mínimo foi reajustado em 14% e acima dele, 6,6%. Neste ano foi 9% para o
mínimo e 6,2% para benefícios acima do mínimo.
Segundo Nair Goulart, presidente da Força Sindical, a Bahia está entre
os estados com maior número de aposentados que ganham um salário mínimo, é que a
forma como o reajuste vem sendo feito com base apenas na inflação tem ocasionado
grande perda para a categoria, que tem dificuldade para custear as despesas com
medicamentos. “Da forma que o governo vem tratando os
aposentados, muito em breve o Brasil ficará entre os países com maior número de
aposentados ganhando um salário mínimo. Nossa luta é por uma aposentadoria
digna”, declarou.
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