
Aumentaram as possibilidades de viabilização dos leilões para a concessão de ferrovias, previsto para o último trimestre deste ano, pois o governo federal ofereceu risco zero para os bancos privados financiarem os consórcios que participarem do processo.
Para atrair a atenção do empresariado o governo estabeleceu em 14% a taxa de retorno nos casos dos contratos para administração da malha ferroviária.
Com isso aumentam as possibilidade de concessão dos dois trechos ferroviários previstos para a Bahia, o que liga Salvador a Belo Horizonte e Salvador a Recife. No primeiro caso existe uma ferrovia em pleno funcionamento e não se sabe como será o processo de substituição pela nova malha ferroviária.
De todo modo, o governo vai garantir dinheiro abundante e com a menor taxa possível para os consórcios participarem das licitações. A previsão inicial é que o investimento total em ferrovias chegue a R$ 91 bilhões.
Em troca da adesão dos bancos, o governo se propõe a assumir o risco de calote dos projetos por meio do BNDES, que forneceria um seguro contra perdas dentro de um fundo de aval.
Outra alternativa é o banco estatal comprar a parcela de maior risco dos títulos emitidos por esses projetos. Em caso de inadimplência, o BNDES assume as perdas antes dos demais investidores.
Apesar dos incentivos oferecidos, porém, os bancos estão céticos em relação ao sucesso dos leilões, porque, avaliam, o principal problema não é o custo de financiamento, mas a falta de interesse de potenciais operadoras.
Companhias que dependem das ferrovias para escoar a produção, como CSN, Cargill e Vale, estão resistindo em participar dos leilões.
Bahiainveste
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