quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pedra fundamental de esmagadora de soja será lançada em Barreiras


Um grupo de empresários chineses da província de Chongquing virá à Bahia para lançar no próximo domingo (5), no município de Barreiras, a pedra fundamental de uma esmagadora de soja, objeto do Protocolo de Intenções assinado em Pequim, no mês passado, pelo presidente do Chongqing Grain Group, Hu Julie, com o Governo do Estado. Segundo informações do secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, o investimento inicial será de R$ 300 milhões.

De acordo com ele, transformar os grãos produzidos na região oeste da Bahia, que tem a maior produtividade de soja, milho e algodão do Brasil, em proteína animal é uma das metas do Governo da Bahia, por meio da Secretaria da Agricultura (Seagri). Para alcançar esse objetivo, o desafio é a agroindustrialização, como enfatizou o secretário durante a abertura da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, nesta terça-feira (31).

Fonte: Agecom

Maracás abriga mina com maior teor de vanádio do mundo

O FERRO-VANADIO E UMA LIGA DISPUTADA, DADA A SUA VERSATILIDADE, POIS O VANADIO E UM MINERAL USADO EM AÇOS

Um vírgula quarenta e quatro porcento (1,44%) - é esse o teor de vanádio presente nos depósitos minerais de ferro-vanádio do município de Maracás, situado no centro-oeste da Bahia, com 32 mil habitantes e distante 376 km de Salvador.
Parece pouco, mas é o suficiente para fazer desta, a mina com o maior teor do minério no mundo.
Até então, o maior teor já descoberto era de 0,44%, em minas da África do Sul.
O ferro-vanádio é uma liga disputada, dada a sua versatilidade, pois o vanádio é um mineral usado em aços, com o objetivo de aumentar a resistência, reduzindo o peso, podendo ser utilizado tanto na aviação quanto em tubulações de gás e óleo e em ferrovias.
A riqueza do subsolo, ainda inexplorada, chamou a atenção do grupo canadense Largo Resources. Através da empresa Vanádio Maracás, o grupo vai investir entre US$ 120 e US$ 130 milhões no projeto para a exploração do depósito, que será a única mina de ferro-vanádio do País, com estimados 17,3 milhões de toneladas de minério.
A mina conta ainda com a presença de platina e paládio em seus depósitos, que devem incrementar os lucros da empresa. Em 2007, a cotação do quilo de vanádio no mercado internacional era de US$ 36.
Embora os depósitos tenham sido descobertos na década de 50, problemas políticos e de mercado atrasaram a implantação do empreendimento. A expectativa, segundo Rafael Avena Neto, diretor-técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), é que as explorações tenham início até o final de 2012. "O Projeto Maracás
teve início em 1986. Foi suspenso por uma ação popular, que o inviabilizou durante vinte anos, quando o mundo mais precisava de vanádio. Quando finalmente a ação foi ganha, a empresa da época era a Odebrecht, que não se interessou mais pelo projeto, porque o preço do vanádio caiu e veio a crise mundial. 0 empreendimento só foi retomado quando veio uma nova empresa, a Largo Resources, que resolveu tocar o negócio", explica o diretor-técnico da CBPM.

Benfeitoria

A expectativa da empresa é que sejam gerados 450 empregos diretos e produzidas, anualmente, cinco mil toneladas da liga -destas, 1,2 mil ficam no Brasil. O resto segue para exportação para China, Estados Unidos e países da Europa, via porto de Salvador, com previsão de receita bruta de R$ 324 milhões à empresa.
O maior investimento será em uma usina de beneficiamento, por onde passará todo o minério
extraído.

Outra benfeitoria para a cidade será o asfaltamento de uma estrada local, por onde será escoado o minério extraído. O governo do Estado da Bahia, por meio da CBPM, ficará com R$ 29,7 milhões em royalties anuais, além de deter cotas de participação na Vanádio Maracás.

CBPM apresenta o "mapa da mina" do subsolo baiano
AS RIQUEZAS QUE BROTAM DO SUBSOLO FAZEM DO ESTADO O QUINTO MAIOR PRODUTOR MINERAL DO BRASIL


Urânio, cobre, magnesita, ouro, cromo, talco, salgema, barita, bentonita e níquel são as substâncias em que a Bahia se coloca como um dos principais produtores brasileiros, além de rochas (britadas), cascalho, areia, água mineral, rochas ornamentais (granitos, mármores e outras), calcário (rocha) -riquezas que brotam do subsolo baiano e fazem do Estado o quinto maior produtor mineral do Brasil.

Em destaque estão os municípios de Caetité, Santa Luz, Campo Formoso, Andorinha, Brumado e outros. "A fertilidade do semiárido baiano está em seu subsolo", atesta Alexandre Brust, diretor-presi-dente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) - empresa de pesquisa e desenvolvimento minerai vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia.

Riqueza essa profundamente estudada pela CBPM, que há 38 anos vem obtendo um acervo de dadose informações geológicas da mais alta qualidade, contribuindo paratornara Bahia um dos estados brasileiros mais bem estudados e conhecidos geologicamente. Sua atuação é centrada na ampliação e aprimoramento do conhecimento geológico do território baiano, na identificação e pesquisa de seus recursos minerais e no fomento ao seu aproveitamento, atraindo, para este fim, a iniciativa privada.

Atualmente, os minerais explorados na Bahia representam 2,7% do PIB estadual, o que eqüivale a R$ 2,46 bilhões. A extração de petróleo e gás natural responde por 55% do valor, e o restante é gerado por uma pauta de 34 bens minerais. Mas o percentual tende a aumentar. "A Bahia é atualmente o estado brasileiro com maior potencial em termos de novas minas do Brasil" explica o diretor-técnico da CBPM, Rafael Avena Neto. Além da mina de níquel da Mirabela, inaugurada em 2009, que deve tornar-se a segunda maior mina de níquel a céu aberto do mundo, a CBPM está ampliando as reservas da mina de urânio em Caetité, única produtora desse produto energético do Brasil.

"Para a região de Caetité, está prevista para 2012 a entrada em operação da maior mina de ferro do Estado, a ser explorada pela Bamin, enquanto que em Santa luz teremos a mina de ouro da Yamana e em Maracás a entrada em produção da mina de vanádio, ambas em áreas arrendadas pela CBPM. Na Bahia, calcula-se que existam mais de 350 empresas atuando no setor mineral, cada uma com investimentos superando a casa dos R$ 10 bilhões.






"Novo mapa da mina"

A atual gestão do governo do Estado na área mineral levou a mudanças no foco da CBPM e na condução dos contratos com as empresas exploradoras dos minérios. "O governo orientou e a empresa seguiu uma política mineral de forte desenvolvimento para o setor mineral, dando ênfase aos minerais metálicos, principalmente para metais base, ouro, ferro, níquel e zinco", explica Avena.


Outra mudança diz respeito à quantidade de áreas em que a Companhia quer passar a se concentrar. "A partir de 2011, nossa prioridade é consolidar a CBPM como empresa de mineração, porém sem perder seu viés de desenvolvimento mineral. Em lugar de pesquisar superficialmente mais mil e tantas áreas, vamos trabalhar de forma detalhada em um número menor de áreas, dando ênfase à qualidade, ao mesmo tempo em que continuaremos a incentivar as licitações de áreas promissoras, por meio de parcerias com a iniciativa privada", revela o diretor-técnico. A companhia passa a ser mais exigente com as parcerias que estabelece. "A partir de janeiro, os vencedores das licitações têm que passar a beneficiar o minério aqui na Bahia", explica o diretor-presidente da CBPM, Alexandre Brust. Com isso, garante-se geração de emprego mais qualificada para o Estado, que fica também com o valor agregado da extração.

Orientado por este novo paradigma de gestão, a CBPM está fazendo uma nova campanha de comunicação - "O novo mapa da mina" - com o objetivo de atrair companhias nacionais e internacionais interessadas na exploração do subsolo baiano. "Em 2012, a CBPM completa 40 anos, e a nossa meta é torná-la autossuficienteaté lá", planeja Brust, referindo-se a atual política de aumentar a receita e reduzir as despesas.

Há espaço, ainda, para ações de responsabilidade social. Trata-se do Projeto Prisma, que promove, facilita e patrocina o aproveitamento econômico de pequenos depósitos minerais e rejeitos de mineração existentes na região se-miárida da Bahia, através da implantação de núcleos de produção e apoio à área de artesanato mineral e produção de paralelepí-pedos para calçamentos. A CBPM fornece suporte técnico, materiais, equipamentos e treinamento da mão de obra. 0 resultado é que o artesanato feito com pedras e a produção de paralelepípedos e meio-fios tornou-se fonte de ocupação, renda e melhoria das condições socioeconômicas em inúmeros municípios baianos.
Fonte: Jornal A Tarde

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