Roberto Pereira de Souza
Em São Paulo.
Em São Paulo.
“Se o contrato não for assinado nos próximos 15 dias, a obra não será entregue a tempo de ser usada na Copa de 2014", garantiu uma pessoa envolvida na negociação e que pediu para não ter seu nome revelado.
Impasse com Odebrecht atrasa início das fundações. Corinthians não quer gastar mais que R$ 400 milhões na construção do estádio
Segundo a mesma fonte, a FIFA vai anunciar a divulgação da sede de abertura do Mundial no dia 27 de Julho, três dias antes do sorteio das eliminatórias da Copa.
A FIFA terá até o dia 30 de Julho para oficializar o nome da cidade de abertura e os dirigentes corintianos ainda sonham com essa possibilidade.
O problema é que para abrir o Mundial o futuro estádio precisará ter uma série de melhorias, como camarotes blindados, elevadores dimensionados, 65 mil lugares e capacidade para abrigar até 10 mil jornalistas – com instalações de transmissão ao vivo para o mundo todo.
As obras do estádio estão atrasadas devido a problemas de orçamento. Apesar do otimismo dos grupos envolvidos na discussão do custo final do estádio, o fato concreto é que o projeto, orçado em cerca de R$ 1 bilhão, nem aparece no site da construtora Odebrecht.
Por excesso de dúvida quanto à construção da obra, Corinthians e Odebrecht chegaram a um acordo de cavalheiros, dividindo a empreitada em dois módulos.
O primeiro é a movimentação de terra e remoção dos oleodutos da Petrobras.
O segundo módulo é a obra em si, cujo dinheiro para sua execução ainda não está garantido.
Para aumentar o impasse, uma segunda construtora, a Serpal, do grupo Advento, apresentou um orçamento mais barato em cerca de R$ 300 milhões. A empresa teria sido convidada pelo clube a apresentar um projeto como plano B e isso gerou uma situação considerada estranha ao mercado de grandes obras:
“A Odebrecht, que teve seu orçamento questionado pelo Corinthians, foi escalada para qualificar a Serpal no segundo orçamento...Isso mesmo, o Corinthians espera o aval técnico da Odebrecht para saber se o orçamento da Serpal é válido do começo ao fim da obra”, explicou outra pessoa que participa das discussões, no clube.
Várias reuniões entre técnicos das duas construtoras vêm sendo feitas e os dados estão sendo repassados ao presidente corintiano, Andrés Sanchez.
Ele não aceita gastar mais que R$ 400 milhões na construção do estádio, dinheiro que virá de empréstimo-padrão liberado pelo BNDES a todas as 12 sedes da Copa.
Além disso, o Corinthians terá direito a cerca de R$ 350 milhões captados pelos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CID), emitidos pela Prefeitura de São Paulo. O projeto do CID foi enviado à Câmara Municipal pelo prefeito Gilberto Kassab, dia 10 de Junho, mas ainda não foi aprovado. O CID será usado para pagamento de ISS e IPTU. Negociado no sistema financeiro, o CID vira dinheiro em caixa, como uma duplicata descontada com antecedência.
Para bancar seu projeto, a Odebrecht já prometeu ao Corinthians buscar financiamento no mercado, servindo como uma espécie de fiadora, tendo como garantia a receita da arena. Mas o impasse continua. A futura arena não suportaria uma dívida operacional superior a R$ 300 milhões. “Isso comprometeria as receitas e a contabilidade do clube”, afirmou um técnico em finanças.
“Embora as obras da Copa do Mundo sejam apresentadas como 100% isentas de impostos, isso não é verdadeiro.
A isenção tributária não será total. A legislação federal, estadual e municipal ainda não foi regulamentada mas as obras já começaram”, explicou um agente financeiro.
Segundo fontes ligadas ao projeto, o orçamento inicial divulgado de cerca de R$ 700 milhões era “irreal”, considerando as características do solo.
O local onde será construído o estádio era uma área utilizada para depositar entulhos de obras da Sabesp e isso alterou a planilha de terraplenagem final.
Matéria publicada no UOL
O Ministério Público Federal de São Paulo recomendou, em nota oficial, que a Transpetro não autorize a remoção dos dutos que passam por baixo do terreno do Itaquerão enquanto o Corinthians não se responsabilizar pela obra.
O órgão oficial teme que a subsidiária da Petrobras acabe tendo de arcar com os custos do processo.
O povo tem que cair na "real". Será que só força politica vai impor a construção de um imóvel sem as devidas licenças exigidas?
Matéria publicada no UOL
O Ministério Público Federal de São Paulo recomendou, em nota oficial, que a Transpetro não autorize a remoção dos dutos que passam por baixo do terreno do Itaquerão enquanto o Corinthians não se responsabilizar pela obra.
O órgão oficial teme que a subsidiária da Petrobras acabe tendo de arcar com os custos do processo.
O povo tem que cair na "real". Será que só força politica vai impor a construção de um imóvel sem as devidas licenças exigidas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário